quarta-feira, 15 de abril de 2015

Real e Atlético de Madri fazem clássico acirrado e ficam no 0 a 0

Santiago Bernabeu recebe o jogo de volta, dia 22 de abril

23:56 14/04/2015

Jogo teve jogadas duras. Mandizukic (detalhe/D) levou a pior em disputa de
bola com Sérgio Ramos do Real Madrid

Atlético de Madri e Real Madrid protagonizaram um clássico muito equilibrado nesta terça-feira, mas não saíram do empate por 0 a 0 no jogo de ida das quartas de final da Liga dos Campeões da Europa. Jogando no Estádio Vicente Calderón, casa adversária, os comandados de Carlo Ancelotti foram superiores no primeiro tempo e criaram mais chances de gol, mas esbarraram no goleiro Oblak. Marcelo, pelo lado visitante, e Mário Suárez entre os rojiblancos, estavam pendurados, receberam o cartão amarelo e não jogam na volta.

O segundo jogo acontece já na próxima semana, no dia 22 de abril (quarta-feira). Dessa vez o palco será a casa do Real Madrid, o Santiago Bernabeu.

Trocando mais passes e dominando a posse de bola, o Real foi superior no primeiro tempo da reedição da final da Liga dos Campeões do ano passado. Mas os blancos, que levaram a melhor naquela ocasião por 4 a 1 na prorrogação, esbarraram em belas defesas do goleiro Oblak, que fez pelo menos três intervenções importantes em lances criados por Bale, James Rodríguez e Cristiano Ronaldo.

No segundo tempo, os donos da casa conseguiram equilibrar a partida, mas não criaram tantas chances quanto os rivais na etapa inicial, e a partida ganhou característica mais acirrada, de mais disputas de bola do que toques de classe, e a decisão fica totalmente aberta para o duelo do Santiago Bernabeu.

O jogo - Apesar de estar jogando no Vicente Calderón, o Real Madrid parecia estar se sentindo em casa no começo do duelo. Logo aos dois minutos, Bale aproveitou falha na saída de bola do Atlético, invadiu a área mandante e bateu com categoria, mas parou em Oblak, que saiu bem para fazer sua primeira grande defesa na partida.

O Real continuou mandando na partida nos minutos seguintes, pois os donos da casa, apesar de empurrados pela torcida rojiblanca, mal conseguiam sair do campo de defesa. O Atlético era envolvido pela troca de passes dos visitantes e passou até a apelar para as faltas para frear o domínio rival.

As primeiras boas aparições do time da casa no campo de ataque se deram através de cruzamentos na área, aos 12 e aos 13 minutos, mas o Real contou com intervenções de Casillas e Sergio Ramos, respectivamente, para não sair atrás no placar. A criatividade dos visitantes também diminuiu na sequência, e eles só voltaram a ameaçar aos 21, em cobrança e falta de Cristiano Ronaldo, defendida com segurança por Oblak.

Os momentos de gala do arqueiro do Atlético, no entanto, aconteceram na reta final da etapa inicial. Aos 31, Bale soltou uma bomba cheia de efeito da intermediária e forçou bela intervenção do esloveno, que saltou bem para espalmar. Cinco minutos depois, foi a vez de James Rodríguez bater com muito veneno da entrada da área e também esbarrar em bela defesa do goleiro adversário. Aos 42, o colombiano aproveitou rebote da zaga rojiblanca e bateu cruzado, mas parou novamente em Oblak.

Antes, aos 37 minutos, foi a vez de o experiente Casillas brilhar. Sergio Ramos errou passe para o meio no campo de defesa, e Gabi conseguiu, de primeira, fazer o passe e deixar Griezmann em condições de finalizar. O francês bateu na entrada da área e viu o espanhol saltar para salvar os blancos.

O Atlético de Madrid mostrou mais iniciativa nos minutos iniciais da etapa complementar. Apesar de aparecer mais no campo de ataque, no entanto, não conseguiu criar chances agudas nos minutos iniciais, e essa porção do jogo ficou destacada pelas duras divididas no gramado do Vicente Calderón. Protagonizando disputas acirradas desde a primeira etapa, Mandzukic sofreu cotovelada de Sergio Ramos aos cinco minutos e ficou com a testa sangrando.

Nervoso, o croata voltou a campo com curativo feito pelos médicos e, praticamente em seu primeiro lance, envolveu-se em nova divida forte, dessa vez com o zagueiro Varane, e recebeu cartão amarelo, para indignação de seus companheiros. Assim, a rivalidade acirrada e a intensidade física deram o tom do duelo nos minutos seguintes, em vez da qualidade técnica e das chances do fim da etapa inicial.

A tendência da partida se confirmou cada vez mais como sendo as disputas físicas e a rivalidade do que qualidade e bola rolando. As duas defesas, que marcavam forte e conseguiam neutralizar os contra-ataques, também contribuíram ativamente para o número pequeno de chances criadas no segundo tempo.

Na reta final da partida, ambos os treinadores fizeram alterações. Carlo Ancelotti colocou Isco no lugar de Benzema, buscando mais mobilidade no campo de ataque. Diego Simeone, por sua vez, buscava mais presença de área, e promoveu a entrada de Raúl García na vaga de Griezmann. Na sequência, sacou Koke para a dar o posto a Fernando Torres.

Com característica mais ofensiva nos últimos minutos, o Atlético conseguiu ameaçar aos 44, quando, após cruzamento, houve confusão na área do Real e Casillas precisou fazer grande defesa para salvar os visitantes. Antes do apito final, o lateral brasileiro Marcelo ainda fez falta em Fernando Torres e recebeu cartão amarelo. Como estava suspenso, desfalcará o time blanco no jogo de volta, no dia 22 de abril.



Gazeta Esportiva.net

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