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A briga pelas 31 vagas na Copa do Mundo é o principal foco de quem acompanha as eliminatórias – mas há o outro lado. O “o importante é competir”. Os países que sabem não ter grandes esperanças, mas ainda assim têm jogadores que entram por amor às suas bandeiras e pátrias. Que encerram suas campanhas sempre com os piores resultados. O Torcida POP separou cinco dos maiores sacos de pancada destas eliminatórias para fazer uma breve análise sobre cada um:
5. Samoa (Oceania, foto acima)
Os samoanos entram nessa lista pela campanha bizarra na Copa das Nações da Oceania de 2012, considerada a segunda fase das eliminatórias da OFC. Antes disso, até tiveram um gostinho de vitória, ao passar por uma fase preliminar, que envolvia outras potências do continente (Tonga, Samoa Americana e Ilhas Cook). No entanto, Samoa pouco pôde fazer diante de Taiti, Nova Caledônia e Vanuatu. As derrotas se acumularam (10 a 1 para o Taiti, 5 a 0 para Vanuatu e 9 a 0 para a Nova Caledônia), coroando uma campanha com um gol marcado e 24 sofridos. Mas, como dito antes, o importante é competir!

4. Ilhas Virgens Americanas (CONMEBOL)
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Outra seleção a ter tido uma chance de celebrar, ao eliminar na fase preliminar as Ilhas Virgens Britânicas, vencendo os dois jogos. A alegria, no entanto, não durou muito: na próxima fase, o sorteio os colocou no Grupo F, ao lado de Antígua e Barbuda, Haiti e Curaçao. Nenhuma potência, à primeira vista – e provavelmente a qualquer vista. Mas os resultados negativos vieram um atrás do outro: na estreia, derrota por 6 a 0 para o Haiti, seguida por um massacre em casa (8 a 1 para Antígua e Barbuda). Em seguida, nova derrota em casa, desta vez por 7 a 0 para o Haiti, emendada por sonoros 10 a 0 para Antígua e Barbuda. Restavam os dois duelos contra Curaçao – mais dois tropeços – 3 a 0 em casa e 6 a 1 como visitante. No final, nenhum ponto, dois gols marcados e 40 sofridos. Impressionante.

3. Indonésia (Ásia)
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Ao contrário dos outros países desta lista, a Indonésia é uma pátria bastante populosa – com 238 milhões de habitantes, é a quarta maior população do planeta, superando o Brasil. No entanto, parece ser insuficiente para reunir 11 pessoas que saibam chutar uma bola – na fase preliminar (padrão em regiões com times ruins, pelo visto), vitória sobre o Turcomenistão. Até que chegou a primeira fase de grupos e o terror começou. Na chave E, ao lado de Irã, Catar e Bahrein, uma surra atrás da outra: contra os barenitas, 10 a 0 fora de casa e “apenas” 2 a 0 em casa; diante dos catarianos, 4 a 0 como visitante e “incríveis” 3 a 2 em casa; e, finalmente, 3 a 0 fora de casa e 4 a 1 em casa contra o Irã. No final, nenhum ponto, seis derrotas, três gols marcados e 26 sofridos. Menos pior que os colegas de cima, mas, novamente: é um país mais populoso que o Brasil, como não encontram gente suficiente para chutar uma bola direito?

2. Andorra (Europa)
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Aqui começamos o relato dos sacos de pancada europeus – um único requisito foi exigido: não ter somado pontos. E, começando, os andorranos aparecem como número 2. Sorteados no Grupo D, a esperança era mínima diante do nível adversário, e o objetivo maior era marcar um gol nos dez jogos. Não deu: após dez derrotas (1 a 0 e 2 a 0 para a Estônia, 5 a 0 e 2 a 0 para a Hungria, 2 a 0 e 3 a 0 para a Holanda, duplo 4 a 0 para a Romênia e 2 a 0 e 5 a 0 para a Turquia), 30 gols sofridos e um saldo de, obviamente, 30 gols negativos. Ao menos, ao contrário dos três países de cima, nenhuma goleada retumbante – a ruindade foi mais espalhada por toda a campanha.

1. San Marino (Europa)
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Encerrando, a crème de la crème dos sacos de pancada, a seleção de San Marino. Outro micropaís, com menos de 50 mil habitantes, os samarinenses conseguiram um feito não alcançado pelos andorranos – marcaram um gol. No entanto, também foi vítima das sacoladas adversárias, caindo nos dez jogos: 8 a 0 e 5 a 0 para a Inglaterra; 3 a 0 e 2 a 0 para a Moldávia; 3 a 0 e 6 a 0 para Montenegro; 5 a 0 e 5 a 1 para a Polônia e, finalmente, 8 a 0 e 9 a 0 para a Ucrânia. Um gol marcado e muito comemorado, mas 54 sofridos. O saldo de -54 foi o pior entre todas as 203 seleções participantes das eliminatórias.
Outros países poderiam ter entrado nessa lista, mas foram escolhidos os que atuaram pelo menos em uma fase de grupos. Para 2018, espera-se mais com o advento de Gibraltar às eliminatórias europeias – com cerca de 10 mil habitantes, a nova seleção é certeza de goleadas para os adversários.