sábado, 16 de novembro de 2013


Botafogo goleia Atlético-PR em noite de Seedorf, volta ao G4 e sela paz com a torcida

Há dias em que tudo pode ser doce. Inesquecível. Foi o caso do Botafogo neste sábado, diante do vice-líder Atlético-PR...

Por ESPN.com.br- espn.com.br
Gazeta Press



Há dias em que tudo pode ser doce. Inesquecível. Foi o caso do Botafogo neste sábado, diante do vice-líder Atlético-PR. Em ótima noite de Seedorf e Bruno Mendes, o time goleou o time paranaense, voltou ao G4, ouviu gritos de olé e selou a paz com a torcida. Com o resultado, o time está em terceiro lugar, com 57 pontos, um atrás do próprio Atlético-PR, vice-líder da competição. 

Sem vencer há três partidas e fora do G4 depois da última rodada, o Botafogo sofria pressão da torcida e não tinha outro resultado no Maracanã a não ser vencer. Sem Marcelo Mattos, suspenso, Oswaldo de Oliveira colocou Renato no time titular, bem ofensivo com o trio Hyuri, Rafael Marques e Elias.

Vice-líder, o Atlético-PR chegou ao Maracanã com o time quase completo. Apenas o veterano Paulo Baier foi poupado para a primeira partida da final da Copa do Brasil, quarta-feira, em Curitiba. De restante, o time estava completo.

Na próxima rodada, o Botafogo visita o São Paulo no Morumbi, enquanto o Atlético-PR recebe o lanterna e já rebaixado Náutico no Durival de Britto.

O jogo

Sem vencer há três rodadas e pressionado pelos torcedores que estavam no Maracanã, o Botafogo tomou a iniciativa da partida e foi para cima do Atlético-PR. A vontade de abrir logo o placar ficou clara nos pés nervosos dos jogadores alvinegros.

Com apenas dez minutos de jogo, três bolas foram direcionadas para o gol de Weverton. Hyuri, aos seis minutos, mandou a bola fraquinha. Seedorf, aos dez minutos, isolou boa chance. A pressão continuava e Hyuri, aos 16 minutos, teve ótima chance na grande área.

Em bola lançada na área por Renato, a zaga do Atlético-PR parou e o camisa 17 recebeu em condições. Mas, afoito, emendou por cima do gol de Weverton, irritando a torcida que já se apresentava em maior número na arquibancada. Dois minutos depois, Renato pegou uma sobra em bola na frente da área, soltou a bomba, mas a bola desviou na zaga e acabou em escanteio.

E o Atlético-PR? O vice-líder do Brasileiro e finalista da Copa do Brasil parecia sentir falta de seu cérebro, Paulo Baier, poupado. De forma inteligente, o técnico Oswaldo de Oliveira postou dois homens pelas pontas e um pelo meio. Hyuri e Rafael Maraques começaram pelos lados e Seedorf no meio. Mas a troca de posições confundiu o Furacão e possibilitou as melhores jogadas do time da casa.

De tanto pressionar e ser dominante na partida, o Botafogo arrancou o grito de gol da garganta de seu torcedor. Aos 27 minutos, Renato cruzou do lado esquerdo, Seedorf mandou de cabeça para o meio da área e Elias, quase de peixinho, completou para o gol. A bola ainda bateu em Weverton antes de explodir o Maracanã. Botafogo 1 a 0.

Na saída de bola, Léo driblou três botafoguenses e sofreu falta perigosa na frente da área. Fran Mérida cobrou na barreira e não permitiu sustos. Com os nervos controlados, o Botafogo enfim começou a demonstrar o controle do jogo. Aos 34 minutos, Seedorf caiu pela direita, cruzou no capricho e Rafal Marques, na grande área, emendou uma bomba no travessão de Weverton.

A pressão era latente e o Atlético-PR, acuado, sentiu o golpe. Foi quando aos 36 minutos o Botafogo deu mais um golpe. Em bola lançada na área do Atlético-PR, a zaga ficou em dúvida. Na sobra, Hyuri ajeitou para Seedorf bater de primeira, para o fundo da rede. Explosão do camisa 10. Explosão, de novo, do Maracanã. Em grupo, o Botafogo comemorou o segundo gol da partida. E o intervalo chegou.

Na segunda etapa, o Atlético-PR fez uma troca de estrangeiros logo de saída. Fran Mérida, inoperante, deu lugar a Dellatorre. O Botaofog, com a vantagem, cedeu espaço para buscar o contra-ataque. Os primeiros minutos foram de pressão do time paranense, mas sem uma chance efetiva. Apenas Ederson, em cobranã de falta aos sete minutos, levou algum perigo.

De restante, o Botafogo continuou muito mais time no Maracanã. Aos 11 minutos, Hyuri deu drible desconcertante em Manoel e Luiz Alberto e arrancou do meio de campo. O chute saiu fraco e Weverton conseguiu espalmar. O clima de tensão ainda estava no ar. Talvez por medo de o Botafogo entregar uma vitória que se encaminhava facilmente. Mas a noite era de alegria.

Principalmente após a entrada do atacante Bruno Mendes, aos 20 minutos, na vaga de Elias. Mais presente na área, o Botafogo voltou a mostrar a troca de passes que encantou o futebol brasileiro principalmente no início de temporada. Aos 25 minutos, Seedorf achou Rafael Marques pela direita. O atacante dominou e bateu cruzado, mas a bola explodiu na trave.

No embalo da torcida, Bruno Mendes se apresentou. Um tanto quanto renegado ao longo da temporada, o camisa 38 deu o ar de sua graça. Primeiro aos 32 minutos, quando Seedorf cruzou pela direita, Dória e Bolívar furaram, mas o atacante não. Para o fundo da rende. Botafogo 3 a 0.

A festa no Maracanã já estava completa, com direito a gritos de olé, Libertadores. A relação entre Botafogo e sua torcida estava refeita. Mas Bruno Mendes ampliou a noite inesquecível. Aos 36 minutos, Lima avançou pelo lado esquerdo e cruzou para o atacante, de novo, escorar para o gol. 4 a 0. De volta ao G4, nos braços da torcida. A vida às vezes pode ser doce, Botafogo.

FICHA TÉCNICA

BOTAFOGO 4X0 ATLÉTICO-PR

Local: Maracanã, no Rio de Janeiro (RJ)

Data: 16 de novembro de 2013

Horário: 19h30

Árbitro: Wilson Luiz Seneme (Fifa-SP)

Assistentes: Émerson de Carvalho (Fifa-SP) e Bruno Salgado Rizo (SP)

Cartões amarelos: Bolívar (BOT) e Bruno Silva (ATL)

Cartões vermelhos: Léo (ATL) e Bolívar

Público e renda: 10.924 pagantes / 14.147 presentes / 621 cadeiras cativas / 2.367 gratuidades / R$ 252.940,00 /

Gols: Elias (BOT), aos 27 minutos, e Seedorf (BOT), aos 36 minutos do primeiro tempo e Bruno Mendes (BOT), aos 32 e aos 36 minutos do segundo tempo.

BOTAFOGO: Jefferson; Edílson, Bolívar, Dória e Júlio César (Lima); Gabriel, Renato, Seedorf, Hyuri (Octávio) e Rafael Marques; Elias (Bruno Mendes)

Técnico: Oswaldo de Oliveira

ATLÉTICO-PR: Weverton; Léo, Manoel, Luiz Alberto e Juninho; João Paulo, Bruno Silva, Frán Mérida (Dellatorre) e Everton; Ederson (Roger) e Marcelo (Jonas)

Técnico: Vágner Mancini

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