sexta-feira, 29 de novembro de 2013

ESPECIAL

Jogos de vida e morte: nada é capaz de parar os super-homens da bola

Vulnerabilidade e força, sofrimento e superação, tragédia e glória. Isso tem a ver com futebol ou com a condição humana? Com ambos, como mostram as três histórias abaixo

Por Redação PLACAR 
Solbakken como treinador, após parada cardíaca
Solbakken como treinador, após parada cardíaca / Crédito: Best photo
O SEGUNDO TEMPO DA VIDA

A derrota na estreia da Liga dos Campeões por 4 x 0 para o Real Madrid não foi o resultado esperado pelo técnico do Copenhagen, Stale Solbakken. Mas ele passou por situações bem piores.
 
Solbakken: em ação pela Noruega
Solbakken: em ação pela Noruega / Crédito: Reprodução

Em 2001, quando era jogador do clube, Solbakken sofreu uma parada cardíaca durante um treino. Foi socorrido pelo médico Frank Odgaard. Durante 8 minutos, as massagens cardíacas não surtiram efeito. Chegou a ser considerado clinicamente morto, mas foi reanimado dentro da ambulância. Terminava ali a carreira de atleta com 58 jogos pela seleção norueguesa, incluindo a Copa do Mundo de 1998. Solbakken voltou ao futebol no ano seguinte como técnico e, em 2006, assumiu o comando do Copenhagen, onde ficou até 2011. Em agosto deste ano retornou, após passar pelo Colônia-ALE e pelo Wolverhampton-ING.
Aos 45 anos, uma segunda passagem pelo clube, em sua segunda profissão, em um segundo tempo de vida.
 
UMA BATALHA INTERIOR
 
Ingesson: sueco batalha contra o câncer
Ingesson: sueco batalha contra o câncer / Crédito: Best Photo

O ex-jogador Klas Ingesson foi convidado no mês passado para assumir o comando do Elfsborg, time campeão sueco, classificado para a Liga Europa, mas com uma campanha mediana na atual temporada. Ex-meia com passagem pelo Bari e pelo Olympique Marselha, Ingesson integrou a seleção sueca que ficou em terceiro lugar na Copa do Mundo de 1994.
 
Ingesson: sueco 3º colocado na Copa de 1994
Ingesson: sueco 3º colocado na Copa de 1994 / Crédito: Reprodução

O treinador de 45 anos, no entanto, tem um desafio maior do que melhorar o desempenho do time nos campeonatos que disputa. Desde 2009, ele luta contra um mieloma múltiplo, um tipo de câncer hematológico que afeta a medula óssea. Após o tratamento inicial, os sintomas ficaram sob controle. Em dezembro de 2010, o clube o convidou para treinar o time sub-21, o que o fez voltar ao futebol. Este ano, o ex-jogador revelou que a doença voltou a se manifestar. Mesmo assim, aceitou o desafio de comandar.

UM FEITO AINDA MAIOR
 
Viana: pênalti defendido no último minuto
Viana: pênalti defendido no último minuto / Crédito: Reprodução de TV

O que pode ser mais consagrador para um goleiro do que defender um pênalti no último minuto e evitar a derrota de seu time? Mauricio Viana, do Santiago Wanderers, fez exatamente isso em agosto, no empate sem gols com o Audax Italiano, pelo Campeonato Chileno. Só que numa circunstância dramática: 12 minutos antes, ele havia se chocado com o atacante Omar Zalazar. Apesar das dores, decidiu permanecer em campo até o fim do jogo, quando defendeu a cobrança.
 
Viana teve o intestino perfurado
Viana teve o intestino perfurado / Crédito: Reprodução

No vestiário, as dores ficaram mais intensas e Viana foi levado ao hospital, onde se constatou que havia sofrido uma perfuração no intestino, devido ao choque com o atacante adversário. Foi submetido a uma cirurgia e já voltou ao time que defende desde 2008. Viana, de 24 anos, é chileno, mas nasceu em São Paulo, e teve uma passagem pelo Unión Quilpué, da terceira divisão, quando estava sem espaço no Santiago Wanderes.

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