terça-feira, 26 de novembro de 2013


Apesar de desejo de voltar ao Brasil, boa fase na Ucrânia adia sonho de Cleiton Xavier

O desempenho de Cleiton Xavier pelo Palmeiras em 2009 ainda deixa saudade no torcedor alviverde...

  • Por ESPN.com.br com Agência Gazeta Press- espn.com.br

Apesar de desejo de voltar ao Brasil, boa fase na Ucrânia adia sonho de Cleiton Xavier
O desempenho de Cleiton Xavier pelo Palmeiras em 2009 ainda deixa saudade no torcedor alviverde. A cada janela de transferências, o jogador é cogitado no Palestra Itália, mas, se depender do momento vivido na Ucrânia, o retorno não está tão perto de ser concretizado. Apesar de admitir o desejo de voltar a atuar no Brasil, o camisa 10 prefere aproveitar a boa fase na Europa e sonha em conquistar o primeiro título nacional do ascendente Metalist.
Cleiton Xavier (© dir)
Em entrevista, o meia mostrou otimismo com relação ao seu futuro no clube ucraniano, principalmente agora com a chegada de Diego Souza, o que permite a reedição de uma dupla que fez sucesso com a camisa do Palmeiras. Ídolo do Metalist, Cleiton Xavier também não esconde o carinho que tem pelo clube do Palestra Itália, apesar de ainda não ter sido procurado para retornar em 2014, quando o Verdão comemora seu centenário.
De acordo com o jogador, apesar das especulações recorrentes na imprensa brasileira, a única proposta concreta que chegou ao clube ucraniano veio da Vila Belmiro, mas o Santos não conseguiu agradar aos dirigentes. Fora das últimas listas de Luiz Felipe Scolari, Cleiton Xavier mostra tranquilidade e acredita que ainda pode voltar à seleção brasileira. Ainda cedo, o jogador também parece ter a aposentadoria definida: vai defender o CSA, clube alagoano que o revelou.

Em todas as janelas de transferência, o seu nome aparece como especulação em algum grande clube brasileiro. Durante este tempo na Ucrânia, você recebeu alguma sondagem?
Cleiton Xavier: A única proposta oficial que recebi foi do Santos. Também houve algumas especulações, como Palmeiras, Flamengo, São Paulo, Grêmio e outros clubes.
Você projeta retornar ao Brasil em breve ou prefere aproveitar esse momento histórico do Metalist no futebol ucraniano?
 
Cleiton Xavier: Claro que eu quero voltar a jogar no Brasil um dia, mas também pretendo marcar a minha história no Metalist. Hoje já posso dizer que sou muito bem visto e respeitado por aqui, mas quero dar mais alegrias aos torcedores. Um dos meus grandes objetivos é conquistar o primeiro título ucraniano da história do clube e classificar a equipe para a Liga dos Campeões pela primeira vez.
Você acredita que um possível retorno ao futebol brasileiro pode também abrir as portas para uma vaga na seleção brasileira?

Cleiton Xavier: Acredito que, independente de onde eu esteja jogando, poderei chegar à seleção. Na verdade, eu não me preocupo muito com isso. Claro que tenho um sonho de voltar a defender o Brasil, mas procuro fazer um bom trabalho no Metalist e deixo que Deus guie meu futuro.
O seu último clube no Brasil foi o Palmeiras, que comemora o seu centenário em 2014, e o seu nome já foi cogitado no Palestra Itália para a próxima temporada. Você chegou a ser procurado pela diretoria alviverde? Você tem a intenção de voltar?

Cleiton Xavier: Eu sempre deixei bem claro que tenho um enorme carinho pelo Palmeiras. Há pouco tempo, surgiram alguns comentários de que eu poderia voltar ao clube. Isso me deixou muito feliz porque sei que a torcida e os diretores também gostam do meu futebol e de como sou fora de campo. Ainda não chegou nada oficial, e, se chegar uma proposta concreta, o Metalist vai me passar com certeza. Mas estou muito bem adaptado e acredito que seja complicado sair neste momento.
A torcida do Palmeiras sempre se recorda de seu gol contra o Colo-Colo, pela Libertadores. Qual foi o momento mais marcante em sua carreira?

Cleiton Xavier: Sem dúvida nenhuma aquele gol foi um dos mais bonitos e marcantes da minha carreira. Ainda mais sendo tão decisivo como foi. Aquele time era muito bom e tínhamos qualidade para ser campeão da Libertadores, mas, infelizmente, não deu.
Agora, você jogará novamente com o Diego Souza, reeditando uma dupla que deu bons resultados pelo Palmeiras. Qual é a expectativa?

Cleiton Xavier: Ele é um grande jogador. Quando jogamos juntos no Palmeiras, conseguimos chegar à Seleção Brasileira e isso significa que a parceria foi boa. Infelizmente, nessa temporada, ainda não conseguimos atuar em muitos jogos juntos porque tive alguns problemas de lesão, mas já estou recuperado. A partir de agora, acredito que a nossa parceria pode voltar a dar certo como na época do Palmeiras.
Ao começar sua quarta temporada no Metalist como ídolo da torcida e um dos principais jogadores do grupo, você acredita que alcançou o auge no clube ucraniano?

Cleiton Xavier: Acredito que tenho muito a fazer pelo clube ainda. Sei que cheguei a um nível muito bom e isso eu devo muito ao Metalist, mas espero evoluir ainda mais.
Após quatro anos, você pode dizer que foi surpreendido, de forma positiva ou negativa, no futebol europeu ou tudo foi como o planejado?

Cleiton Xavier: Posso dizer que fui surpreendido de uma forma muito positiva, principalmente em relação ao clube que, desde que cheguei, cresce a cada ano.
Aos poucos, você conquistou o carinho da torcida ucraniana, que te reconhece como um dos principais jogadores do elenco. Qual foi o momento mais marcante nesta passagem pelo Metalist?

Cleiton Xavier: Isso realmente é muito bom. Para mim, uma grande demonstração de carinho e respeito foi no meio deste ano, quando eu me lesionei e tive que ir ao Brasil para fazer o tratamento no Palmeiras. Neste momento, recebi um enorme apoio de todos os torcedores, da comissão técnica, da diretoria e dos próprios companheiros, que respeitaram e apoiaram a minha decisão.
Por outro lado, quais foram as principais dificuldades enfrentadas no futebol europeu?
Cleiton Xavier: A maior dificuldade foi dentro de campo. O estilo de jogo é muito corrido e disputado do início ao fim.
Ainda é cedo para pensar em aposentadoria, mas você também tem um legado no futebol alagoano e sempre mostrou identificação com o CSA. Você pretende encerrar a carreira no Azulão?

Cleiton Xavier: Quero encerrar minha carreira na mesma equipe que me projetou para o futebol. E foi no Azulino querido das Alagoas (modo como o CSA é carinhosamente conhecido). Antes de parar de jogar, quero voltar pra lá e fazer a alegria da torcida.

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