sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Presidente avisa

Gilvan proíbe jogadores do Cruzeiro de usarem objetos de torcidas organizadas




A diretoria do Cruzeiro segue jogando pesado com as torcidas organizadas do clube. Após anunciar o rompimento com todas as facções, o presidente Gilvan de Pinho Tavares avisou, nesta sexta-feira, que irá proibir os jogadores de usarem camisas, bonés ou qualquer outro tipo de objeto das agremiações.
O fato mais recente ocorreu com a chegada do atacante Marcelo Moreno. Ao desembarcar no Aeroporto de Confins, o jogador foi carregado por torcedores e recebeu um boné de uma das organizadas do Cruzeiro.
“Agora, todos os jogadores que o Cruzeiro trouxer, pediremos a eles para não fazerem mais aquilo. Haverá proibição judicial para não usarem mais a marca do Cruzeiro. Alguns ficarão chateados com a atitude, mas não podem ser comandados por quem tem atitudes de bandidos”, disparou o mandatário.
O trabalho de combate às organizadas começou quando membros das torcidas Máfia Azul e Pavilhão Independente começaram a brigar em jogos da equipe, o que provocou a perda de vários mandos de campo do Cruzeiro durante as temporadas 2012 e 2013.
Segundo Gilvan, esses torcedores ficaram mal-acostumados após a decisão de acabar com a distribuição gratuita de ingressos para as organizadas. “O pessoal de torcida organizada recebia ingressos, despesas de viagens pagas pelo clube, inclusive para o exterior. Diretorias anteriores estavam acostumadas a custear isso para eles. Eles recebiam ingressos e vendiam para associados deles. Eles tinham uma receita enorme”, contou.
“Quando começamos nosso trabalho aqui de batalhar pelos sócios do futebol, dissemos que não é clube que tem de batalhar pela torcida. Falamos para eles entrarem no programa de sócios do futebol. Temos categorias com valores baixos. Conseguimos que muitos entrassem no programa de sócio, mas outros ficaram com raiva e começaram a me ameaçar de morte, tive de trocar de celular e telefone fixo”, completou.
Após observar o comportamento dos membros das organizadas durante os confrontos Gilvan atentou para um detalhe de que os integrantes não brigavam entre si, mas tinham por objetivo causar medo nos torcedores comuns e causar prejuízo ao Cruzeiro.
“Comecei a observar que eles não se machucam entre eles, eles encenam as brigas, porém machucando outros torcedores. No evento da festa pelo título, eles estavam com porretes, teriam se machucado se tivessem usado esses porretes. Eles quiseram amedrontar os outros, tenho certeza que eles não se machucam, querem hostilizar o Cruzeiro e causar prejuízo para o clube. Não voltarei atrás, já há decisão do Conselho Deliberativo. Agora, é obrigação do presidente”, avisou.

Itatiaia

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