quinta-feira, 15 de maio de 2014

Palmeiras acorda no fim e faz 3 a 0 no Sampaio Corrêa para avançar


Gazeta Press

Após um primeiro tempo sofrível, o Verdão venceu no Pacaembu e superou a derrota no jogo de ida, se garantindo na terceira fase da Copa do Brasil

Mendieta comemora gol na vitória por 3 a 0 do Palmeiras sobre o Sampaio Corrêa (Foto Arena/Cesar Greco)


O Palmeiras não encantou, mas deixa o Pacaembu respirando aliviado nesta quarta-feira (14 de maio). Após um primeiro tempo sofrível, o time venceu o Sampaio Corrêa por 3 a 0 no Pacaembu e superou a derrota por 2 a 1 no jogo de ida, no Maranhão, se garantindo na terceira fase da Copa do Brasil.

Até Mendieta abrir o placar, aos 20 minutos do segundo tempo, os menos de 8 mil pagantes presentes no Pacaembu já preparavam os protestos. Minutos antes, Leandro tinha saído sob vaias, sendo um dos que tiveram fraquíssima atuação nesta noite. Mas o paraguaio já deixou o time respirando aliviado e Henrique e Felipe Menezes, nos acréscimos, ampliaram.

Antes de seu primeiro gol, o palmeirense só tinha se animado em finalizações de Henrique e Mendieta na trave. Mas as vaias já armadas viraram cânticos firmes do hino do clube. O Verdão, agora, enfrenta o Avaí na próxima fase da Copa do Brasil, em jogos que só serão disputados após a Copa do Mundo.

Animado com duas vitórias consecutivas desde a saída de Gilson Kleina, na semana passada, o Palmeiras volta a campo às 18h30 (de Brasília) deste domingo, quando visita o Vitória, em Salvador, pelo Campeonato Brasileiro. O Sampaio Corrêa, que segue sem ir além da segunda fase da Copa do Brasil, foca só na Série B.


O jogo – Alberto Valentim não quis mexer no que deu certo em sua estreia como interino, mas foi obrigado a alterar o responsável pela armação do time. Como a diretoria liberou Valdivia antecipadamente para se preparar com a seleção chilena visando a Copa do Mundo, coube a Mendieta a missão de ser o jogador criativo do time.

O paraguaio começou bem, com um toque de calcanhar logo aos cinco minutos que não virou o gol que o Palmeiras precisava porque Diogo preferiu se jogar na grande área em vez de finalizar, mesmo estando livre e na cara do goleiro. Ficou claro rapidamente que o lance era só uma rara chance de gol.

Logo Mendieta passou a se esconder atrás da marcação. Quando pegava na bola, errava. Leandro e Diogo se mexiam mais, mas também pouco acertavam, comprometendo a estratégia de manter o time na frente e transformando Henrique em um espectador. Wesley e Lúcio largavam suas posições para ajudar e acabavam só abrindo espaço para sustos.

O Sampaio Corrêa precisou de apenas dez minutos para entender que não era necessário se acuar. Como se fosse o time grande em campo, o campeão maranhense, apoiado por barulhentos torcedores que compareceram no Pacaembu, teve Jonas entrando na área e driblando dois antes de parar em bela defesa do goleiro Fábio, aos 12 minutos.

Os visitantes continuavam gerando suspiros de tensão nos anfitriões no Pacaembu. Até Fábio acabou recebendo críticas ao mostrar insegurança para sair do gol e corrigir os erros técnicos e de posicionamento de todos os responsáveis por protegê-lo. O volante Renato e o zagueiro Marcelo Oliveira eram os únicos a respeitar suas funções para não complicar ainda mais a missão palmeirense.

Nem a bola parada dava esperanças. Novidade no lugar de Juninho, William Matheus não parecia o jogador que deu duas assistências na vitória de sábado, contra o Goiás. O lateral esquerdo levou palmeirenses ao desespero cobrando faltas, inclusive acertando a barreira formada só por um adversário em uma das oportunidades.

Absolutamente tranquilo, o Sampaio Corrêa sentiu perigo real no primeiro tempo somente quando Henrique girou sobre a marcação e arriscou uma bomba na intermediária que bateu na trave, aos 42 minutos. Foi tudo que a equipe que precisava da vitória conseguiu criar na primeira metade do confronto.

Para piorar, Leandro escapou da expulsão levando só amarelo ao dar cotovelada em um rival. Mesmo, assim, Alberto Valentim não mexeu no intervalo. Sofreu ainda mais, passando os primeiros minutos do segundo tempo vendo o Sampaio Corrêa acuar o Palmeiras e alçar bolas perigosas na área de Fábio.

O primeiro sacrificado no inútil ataque alviverde foi Leandro, que não conseguiu acertar quase nada nesta noite. Vaiado, o atacante deu lugar a Marquinhos Gabriel aos 13 minutos e, dois minutos depois, Mendieta acordou chutando rente ao travessão. Se não dava a criatividade necessária, o paraguaio fez o time entender a necessidade de finalizar.

Mas veio do próprio substituto de Valdivia a ajuda que o Palmeiras precisava. Aos 20 minutos, Mendieta completou cruzamento de Wendel cabeceando a bola na trave. No lance seguinte, aproveitou bola que Henrique dividiu com a zaga na grande área para bater na saída do goleiro, injetando alívio nas arquibancadas e nas numeradas do Pacaembu.

Ficou claro que bastava colocar a bola nas redes para ter o jogo na mão. Com o resultado necessário, os jogadores, já sem Leandro como companheiro atrapalhando, tiraram o peso das costas e quase fizeram o segundo em chutes perigosos de Marquinhos Gabriel e Henrique.

O Sampaio Corrêa, contudo, foi à frente na marra e só não empatou com William Paulista porque Fábio fez grande defesa. Tenso, os palmeirenses se desesperam com chance clara que Wesley jogou fora. Mas Henrique, aos 45, e Felipe Menezes, aos 47, deram a tranquilidade que a torcida tanto esperava, espantando a crise enquanto um novo técnico não chega.