sexta-feira, 23 de maio de 2014

Henrique marca e Palmeiras bate Figueirense sob olhares de Gareca



Gazeta Press

Centroavante marcou seu quinto gol em seis jogos pelo Verdão. Vitória deixa o time paulista no G-4 do Brasileirão

Henrique marcou após belo cruzamento de William Matheus e colocou o Palmeiras no G-4 (Cesar Greco/Foto Arena)


O goleador balançou as redes aos 36 minutos do primeiro tempo, fazendo o seu quinto gol em seis jogos no clube. Uma rara chance de garantir a vitória em um jogo de dedicação palmeirense para superar a falta de criatividade. Diante de um rival sem qualidade, foi o suficiente para Alberto Valentim se despedir do comando interino com 100% de aproveitamento em quatro jogos, três deles pela liga nacional.Das tribunas da Fonte Luminosa, em Araraquara, Ricardo Gareca não viu um futebol convincente do time que aceitou assumir, mas acompanhou um artilheiro. Com gol de Henrique, o Palmeiras venceu o Figueirense por 1 a 0 e alcançou a quarta posição do Campeonato Brasileiro.

O Verdão atingiu 12 pontos, atrás do Fluminense no saldo de gols e um ponto abaixo de Cruzeiro e Internacional. Provavelmente com Gareca no banco, a equipe buscará a quinta vitória consecutiva em visita ao Chapecoense, em Santa Catarina, às 18h30 (de Brasília) de domingo. O Figueira, com três pontos e só um gol marcado, tenta sair da penúltima posição recebendo o Goiás às 16 horas de domingo.

O jogo – Em sua última missão como técnico interino do Palmeiras, Alberto Valentim não inventou. Do time que venceu o Vitória no domingo, apenas promoveu as voltas de Wendel e William Matheus, recuperados de contusão, às laterais, e impôs mias uma vez a ordem de todos marcarem atrás da linha da bola quando não tiverem a posse.

Nesse espírito, Diogo se destacou com sua constante movimentação, tanto na defesa quanto no ataque. Assim, conseguiu falta aos quatro minutos que Wesley cobrou em sua cabeça, e o camisa 17 balançou as redes pelo lado de fora. Cinco minutos depois, rolou para Wesley bater com perigo. E foi só.

Das tribunas do estádio, Ricardo Gareca, que ainda não foi apresentado aos comandados, viu um time ansioso e sem ninguém para coordenar as ações ofensivas, já que Mendieta, mais uma vez, quase não foi visto em campo. Wesley, por sua vez, raramente acertava algo. O Figueirense soube se aproveitar avançando a marcação, mas sem qualidade para ir mais à frente do que o círculo central.

Irritado, Alberto Valentim inverteu Diogo com Marquinhos Gabriel, que passou a jogar pela direita para aparecer com mais eficiência. Diante da pouca criatividade, o técnico, então, aproveitou a correria para liberar a movimentação dos dois jogadores para dar chances ao centroavante, suprindo mais um sumiço de Mendieta.

Assim, aos 33, Diogo cruzou para Henrique parar no goleiro Tiago Volpi. Três minutos depois, a tentativa foi fatal. William Matheus tabelou com Marquinhos Gabriel e alçou a bola na área para Henrique se abaixar para cabeceá-la nas redes, abrindo o placar e sendo festejado como ídolo.

O gol trouxe a tranquilidade que a equipe precisava. A volta do intervalo foi com o time tentando impor o ritmo, controlando a bola e enervando o Figueirense, que logo recebeu três cartões amarelo por cometer faltas duras. Os catarinenses, porém, foram avançando na marra, e preocuparam Alberto Valentim.

O interino cansou de pedir mais movimentação a Mendieta e o sacou para Bernardo estrear no clube. Depois, aumentou a marcação trocando Marquinhos Gabriel por Victor Luis. O rival, por sua vez, foi indo à frente e Guto Ferreira apostou em Everaldo. O atacante teve a chance do empate aparecendo livre na grande área, mas parando em grande defesa de Fábio com os pés, aos 29 minutos.

Das tribunas, Ricardo Gareca viu que terá à disposição uma equipe que compensa a falta de criatividade com disposição e humildade para marcar sem bola e suportar pressão, além de um goleiro reserva confiável. Constatou, também, que isso é suficiente para vencer adversários de pouca qualidade como o Figueirense, o que não é raro no Campeonato Brasileiro