domingo, 27 de abril de 2014

BRASILEIRÃO: Jogos do sábado




Ao som de “segunda divisão”, Flu vence econômico Verdão no Pacaembu

O Fluminense só disputa a Série A neste ano graças à decisão do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) e, em seu primeiro jogo como visitante no torneio, não escapou dos gritos de “segunda divisão”. Mas do outro lado estava o Palmeiras, campeão da Série B com uma política de contenção que pode tirar o artilheiro do clube. A economia acabou atingindo o futebol do time, derrotado por 1 a 0 no Pacaembu neste sábado.

Perto de acertar com o São Paulo, Alan Kardec alegou gastrite e não ficou nem no banco. Com o elenco que a economia do presidente Paulo Nobre permitiu, Gilson Kleina mandou a campo um time cheio de volantes, só com Leandro no ataque, e teve, novamente, Fernando Prass como o melhor em campo executando milagres.

O Tricolor carioca, por sua vez, tem um patrocinador que não o permite conter gastos. Foi da cara linha ofensiva que saiu o gol que mantém os 100% de aproveitamento do time, com Conca tocando para Fred e Rafael Sobis aproveitando para colocar a bola no fundo das redes, aos 44 minutos do primeiro tempo. O resto da partida foi de um Palmeiras raçudo, mas sem qualidade nem organização para evitar a derrota em seu primeiro jogo como mandante após voltar à elite nacional.

Só com os três pontos que somou na estreia apesar da má atuação em Criciúma, o Verdão tenta se recuperar às 16 horas (de Brasília) do dia 4, visitando o Flamengo no Maracanã. No próximo sábado, às 21 horas, o Fluminense, dono de seis pontos, também joga no Maracanã, diante do Vitória.
Sergio Barzaghi/Gazeta Press


Sem a companhia de Alan Kardec, Valdivia não conseguiu evitar a primeira derrota do Palmeiras na Série AO jogo – Em meio à negociação que pode tirá-lo do Palmeiras, Alan Kardec foi o principal desfalque do time, juntando-se a Bruno César, Victorino e Thiago Martins, todos sem condições físicas. Com quem sobrou, Kleina resolveu iniciar a partida com três volantes e só Leandro no ataque, uma formação nada sedutora aos 11 mil torcedores que pagaram ingresso e enfrentaram frio nesta noite.

Não adiantou Valdivia chamar a responsabilidade, como se fosse o capitão na linha. Wesley se recusou a atender o pedido do técnico em se aproximar do chileno, preferindo ficar soltando e flutuando entre as intermediárias, e sobrou para Josimar mostrar toda a sua falta de qualidade ao tentar aparecer na frente. O resultado foi um time que insistia na ligação direta sem ninguém alto na frente para vencer pelo alto.

O Fluminense, então, tinha o que queria. Do meio-campo para trás, os atletas souberam aproveitar a permissão do árbitro às entradas duras sem marcar falta e deixavam Leandro, Marquinhos Gabriel e Valdivia sempre no chão, reclamando de dores. Foi questão de tempo para o toque de bola carioca acuar o Verdão em seu campo.
Sergio Barzaghi/Gazeta Press


Em jogo bastante disputado, o Fluminense de Fred ganhou de novo e manteve-se no topo da tabelaValdivia se desesperava pedindo para o time ir à frente, buscando a organização que Kleina não conseguiu impor. Nas raras vezes em que tinha a bola, o chileno tocava de primeira para usar a velocidade de Leandro ou Marquinhos Gabriel. Aos 24, o camisa 10 conseguiu abrir para Marquinhos Gabriel levar perigo, mas era pouco.

O Fluminense assustava mais, e repetindo o que fez para vencer o Figueirense na estreia, usando seu trio ofensivo para tocar a bola no chão. Assim, parou em milagres de Fernando Prass nos chutes de Sobis e Conca. Aos 44 minutos, Conca lançou para Fred cruzar rasteiro para Sobis, e não adiantou o desvio do goleiro do Verdão para evitar o já previsível gol.

No banco, Kleina tinha o toque de bola de Mendieta para organizar o time, mas preferiu a inútil velocidade de Serginho no lugar de Josimar no intervalo. O Verdão só mostrou mais correria, e viu a tranquilidade e a qualidade do Fluminense seguirem superiores. Aos seis minutos, Fred isolou a chance do segundo gol quando tinha a meta vazia no rebote de mais uma grande defesa de Fernando Prass.

Arte GE.Net
 
 
Kleina gastou suas duas substituições de forma errada, sem colocar o time à frente trocando Marquinhos Gabriel e Leandro por Diogo e Miguel, dois atacantes de origem, sendo Miguel alto, mas que não foram mais do que espectadores de luxo de novas intervenções de Fernando Prass para evitar uma derrota por placar maior, além de outra chance que Fred desperdiçou cabeceando para fora com o gol vazio, aos 38.

Extremamente tranquilo, o Fluminense tratou de adicionar desespero e nervosismo à nada inspirada atuação palmeirense, fazendo cera sempre que podia. De nada adiantavam a gritaria e os tapas que Valdivia dava em suas próprias pernas. O chileno e o torcedor só tiveram o que lamentar em seu primeiro jogo como mandante no Brasileiro do ano de seu centenário.
 
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Pouco inspirado, Santos joga mal e empata com o Coritiba fora de casa



Coritiba e Santos continuam sem desencantar no Campeonato Brasileiro 2014 e não passaram de um empate sem gols no Couto Pereira. Em um jogo tecnicamente fraco, as emoções ficaram guardadas para alguns lances isolados já no final do segundo tempo.

A partida começou confusa, com jogadores dos dois times se lesionando logo nas primeiras movimentações. Com isso, Jajá entrou no lugar de Júlio César pelo lado coxa-branca. Com a bola rolando, aos nove minutos, Zé Love recebeu uma bola açucarada, mas se empolgou no lance e chutou torto e fraco, sem perigo algum. Na reposta, Gabriel tentou encobrir Vanderlei, sem sucesso.

O Coritiba começou uma pequena pressão, embalado pelo torcedor. Aos 11 minutos, Chico desviou após cobrança de escanteio e Aranha fez boa defesa. Aos 14 minutos, Zé Love deixou a marcação para trás e arrematou para intervenção de Aranha. Na sobra, Robinho foi travado na hora do chute. Aos 18 minutos, foi a vez Leandro Almeida desviar na área e ver a bola correr por toda a extensão, sem entrar.
Divulgação/Coritiba


Ex-santista Zé Eduardo teve pelo menos duas oportunidades para balançar as redes neste sábado

Robinho teve uma boa chance em cobrança de falta na entrada da área, aos 29 minutos, mas a defesa afastou pela linha de fundo. O jogo ficou mais truncado. Aos 36 minutos, Jajá armou o chute, mas parou na defesa. Em um raro ataque de qualidade, o Peixe chegou com perigo aos 39 minutos, com Gabriel, que deixou dois defensores para trás e arrematou para fora.

Para a etapa final, Oswaldo de Oliveira optou pela entrada de Geovânio no lugar de Leandro Damião. Porém, o panorama da partida pouco mudou, com o Coxa com mais ação, mas sem criatividade no ataque. Aos nove minutos, Gabriel tentou o chute de fora da área e isolou. Aos 12 minutos, foi a vez de Alan Santos mandar para longe.


Arte GE.Net


Sem conseguir furar a defesa santista, Chico tentou encobrir Aranha, aos 16 minutos, mas exagerou na força. Aos 21 minutos, Zé Love deixou a bola na medida pra Robinho que, de frente para a meta mandou para fora. A bola finalmente balançou aos 25 minutos, com Zé Love, mas de mão. Lance anulado.

O que faltou de técnica durante toda a partida, quase foi compensado aos 30 minutos, com Geraldo, que acertou um lindo chute de primeira após lançamento na medida de Jajá. Aos 39 minutos, Jajá serviu e Zé Love, de bicicleta, mandou na trave, perdendo a grande chance da partida. Zé Love não desistia, e aos 42 minutos tentou duas vezes antes de ser travada.

Na próxima rodada, o Coritiba volta a campo no sábado, quando encara o São Paulo, no Estádio do Morumbi, a capital paulista. Já o Santos recebe no mesmo dia o Grêmio, na Vila Belmiro.