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Seleção do Brasileiro 2013 - Domínio óbvio do Cruzeiro e algumas surpresas que os números explicam

Fábio (Cruzeiro) - Wilson do Vitória foi o goleiro mais acionado. Jefferson, Cavalieri e Victor estão à frente na disputa por vaga na seleção...

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• Por André Rocha, blogueiro do ESPN.com.br- espn.com.br

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Olho Tático

Fábio (Cruzeiro) - Wilson do Vitória foi o goleiro mais acionado. Jefferson, Cavalieri e Victor estão à frente na disputa por vaga na seleção. Mas Fábio é tão bom ou melhor. Envergadura, colocação, explosão, elasticidade, liderança, regularidade. No time ofensivo, teve trabalho em vários jogos e mostrou a excelência de quase sempre;
Victor Ferraz (Coritiba) - Melhor opção ofensiva do Coxa pelos flancos responsável por cinco assistências. Sexto que mais acertou cruzamentos. Na falta de um nome inquestionável, foi o mais eficiente do campeonato na posição;
Dedé (Cruzeiro) - Começou irregular, mas quando retomou a boa forma o time celeste disparou para vencer com sobras e só ficar atrás de Corinthians e Grêmio entre as defesas menos vazadas. Não sobrou no país como em 2011, mas jogou o suficiente para ficar entre os melhores. Especialmente pela eficiência nas jogadas aéreas ofensivas.
Rhodolfo (Grêmio) - Comandou a segunda defesa mais eficiente. Na sobra do trio de zaga ou menos protegido em uma linha de quatro, errou pouco. Boa colocação, senso de cobertura, liderança. Discreto e eficaz, pouco melhor que Dória;
Egidio (Cruzeiro) - Sim, o gremista Alex Telles é mais talentoso e Julio César do Botafogo joga mais. Os números do cruzeirense, porém, são inquestionáveis: segundo que mais acertou cruzamentos, sexto em desarmes e passes certos, quatro assistências. Campeão. Não é craque nem o melhor lateral esquerdo do país. Mas no campeonato foi o mais eficiente;
Ralf (Corinthians) - Líder em desarmes, protegeu a defesa menos vazada do campeonato. Sem Paulinho e Guilherme, Tite tentou transformá-lo em volante mais ofensivo atuando com Maldonado. Também não foi mal. Oitavo melhor passador. Não teve culpa na bizarra campanha corintiana;
Cícero (Santos) - 15 gols, terceiro melhor finalizador, o segundo que mais acertou passes no campeonato, líder em viradas de jogo corretas. Volante-meia no 4-3-1-2 santista, trabalha no meio-campo e tem ótimo timing e presença na área;
Everton Ribeiro (Cruzeiro) - Craque do campeão e da competição. Melhor driblador, líder em assistências (11), sete gols e o armador que desequilibra partindo da direita no 4-2-3-1 cruzeirense. Destaque do ataque mais eficiente. Absoluto em 2013;
Seedof (Botafogo) - Liderança e experiência, mesmo com algumas oscilações naturais pelos 37 anos. Oito gols e nove assistências que ajudaram o Botafogo que penou com tantos problemas ao longo das 38 rodadas;
Marcelo (Atlético-PR) - Força, rapidez, intensidade. Letal nas infiltrações em diagonal, característica marcante da execução do 4-3-1-2 de Vagner Mancini. Sete gols e seis assistências. Ederson foi o artilheiro do campeonato, Paulo Baier o personagem da ótima campanha atleticana. Mas Marcelo foi o grande destaque do time paranaense;
Walter (Goiás) - A discussão acerca do sobrepeso foi definhando com os 13 gols, seis assistências e a boa campanha na volta da Série B. O quarto que mais acertou finalizações. No 4-2-3-1 esmeraldino, era a referência na frente e também o articulador que recuava para acionar o trio de meias. A qualidade para bater na bola impressiona.
Técnico : Marcelo Oliveira (Cruzeiro) - Armou um time do zero em um clube novo, rival do que marcou sua carreira de jogador. Mesmo com o elenco mais equilibrado do país, é um feito notável. Time prático, ofensivo e eficiente. Vale acompanhar a sequência de sua carreira.
Revelação: Marlone (Vasco) - Apesar do rebaixamento, assumiu a bronca cruzmaltino e mostrou qualidades. Habilidoso, técnico, inteligente. Três gols, cinco assistências. Não por acaso, o campeão Cruzeiro leva para qualificar ainda mais o seu elenco.

Números: Footstats
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