quarta-feira, 6 de abril de 2016

Além do São Paulo, outros clubes brasileiros já aplicaram 6 a 0 em Libertadores

12:56 06/04/2016
José Dias Sorriso

Foto: Reprodução/Internet


Na noite da última terça-feira o São Paulo recebeu o Trujillanos, da Venezuela, no estádio do Morumbi, pela Copa Libertadores da América, e de forma implacável não tomou qualquer conhecimento da equipe visitante, fazendo o placar de 6 a 0. 

O time brasileiro construiu o placar com muita facilidade ainda na etapa inicial. O grande destaque do jogo foi o atacante argentino Jonathan Calleri, com quatro gols anotados. Kelvin e João Schmidt complementaram. 

O resultado elástico no Morumbi não é uma marca exclusiva do Tricolor, quando se refere a clubes brasileiros na história da competição. Há 16 anos, o Atlético-MG aplicava o mesmo placar (6 a 0) sobre o Cobreloa, do Chile, no estádio Mineirão. 

Algo muito curioso chama a atenção sobre aquele jogo e o de noite passada no Morumbi. Ambos os goleadores das partidas anotaram quatro vezes - Calleri (São Paulo) e Guilherme (Atlético-MG). 

Naquele jogo em Belo Horizonte, Guilherme abriu o placar, logo aos 5 minutos, quebrando toda a euforia do torcedor chileno que chegou na capital mineira cheio de esperança com o seu clube. Ramón, em um cabeceio, aos 8 aumentou. 

Veio o segundo tempo e o massacre era questão de tempo para acontecer. Guilherme anotou três vezes, em sequência. Ele balançou a rede aos 11, aos 29 e aos 30 minutos - esse último, um golaço. 

De fora da área, o atacante chutou de trivela e a bola foi no ângulo do goleiro Cláudio Mele, que nada pôde fazer, com a  bola tocando ainda na trave antes de ganhar a rede. Cairo, aos 45 minutos, fechou a goleada histórica do Galo sobre o time chileno. 

Naquele dia 5 de abril de 2000, o público no Mineirão foi de 32.558 torcedores para uma renda de R$ 168.736,00. A arbitragem foi de Daniel Bello, que foi auxiliado por Saúl Feldman e Carlos López - trio uruguaio. 

O Atlético jogou e goleou com: Velloso; Bruno, Célio Silva (Paulão), Gilberto Silva e Vitor; Cleison, Gallo, Lincoln e Ramón Menezes (Irênio); Guilherme (Cairo) e Marques. Técnico Márcio Araújo. 

O Cobreloa foi goleado com: Cláudio Mele; Juan Silva, Fuentes, Bravo e Miranda (Gómez); Riveros, Pablo Abdala, Cornejo e Donoso; Vallejos (Vivar) e Eduardo Bennet (Caballero). Técnico: Arturo Salah.



Além de Atlético e São Paulo, outros clubes brasileiros conseguiram o feito, ao passar por seus oponentes pela contagem de 6 a 0, em uma partida de Copa Libertadores da América. No dia 17 de fevereiro de 1972, o Fluminense derrotou o Deportivo Itália, da Venezuela, na casa do adversário.

O mesmo Fluminense fez 6 a 0 no Arsenal Sarandi, no dia 5 de março de 2008. O Corinthians venceu o Deportivo Táchira, no dia 14 de abril de 2012. O mesmo Táchira caiu para o Santo André no dia 12 de maio de 2005. Também por 6 a 0, foi a vitória do Santos sobre o Bolivar, um dia antes do massacre do Santo André sobre os venezuelanos.

A maior goleada de uma equipe brasileira na competição pertence ao Santos FC, que aplicou 9 a 1 sobre o Cerro Porteño, em casa, no dia 28 de fevereiro de 1962. 

Entre as dez maiores goleadas da história da competição, quatro pertence a clubes brasileiros. Além de ter vencido o Cerro, o Santos também goleou o Bolivar (8 a 0), no ano de 2012. Em 1993, o Flamengo aplicou 8 a 2 no Minervén, da Venezuela. O Corinthians, em 1999, fez 8 a 2 no Cerro Porteño.