sexta-feira, 24 de janeiro de 2020

Âncora da Itatiaia usava nome da rádio para aplicar golpe que movimentou R$ 6 milhões em um ano, diz PC

A PCMG (Polícia Civil de Minas Gerais) cumpriu, nesta quinta-feira (23), mandado de busca e apreensão na casa do jornalista Bruno Azevedo, que havia desaparecido em novembro passado.
Arquivo pessoal/Bruno Azevedo e Giovanna Fávero/BHAZ

A PCMG (Polícia Civil de Minas Gerais) cumpriu, nesta quinta-feira (23), mandado de busca e apreensão na casa do jornalista Bruno Azevedo, que havia desaparecido em novembro passado. 


Os policiais encontraram documentos e celulares que contribuíram para as investigações.

Segundo a corporação, algumas pessoas relataram que foram vítimas de golpes aplicados por Azevedo. Entre elas, estão colegas de trabalho e alguns policiais. Bruno trabalhava na rádio Itatiaia e usava os horários comerciais da emissora como justificativa para um esquema de pirâmide financeira.

Para tirar dinheiro de pessoas interessadas em investir, ele dizia que precisava de dinheiro para reservar o horário da rádio e que, quando recebesse, os investidores teriam um retorno.

“O objetivo era procurar um investimento de maior lucratividade e ele dizia que essas pessoas seriam remuneradas com a comissão de vendas dessa propaganda. As vítimas não estavam interessadas na propaganda em si”, afirma o delegado Marlon Pacheco.

Desde o início da polêmica, está afastado do cargo.

Até o momento, oito vítimas estão incluídas no inquérito da polícia, que investiga as movimentações financeiras de Bruno desde 2018. No entanto, a corporação acredita que o esquema já dure há cinco anos, tendo arrecadado cerca de R$ 10 milhões, dos quais R$ 6 milhões em apenas um ano.

Histórico
Bruno Azevedo desapareceu em novembro do ano passado. Os pais do jornalista registraram boletim de ocorrência na época e uma corrente foi formada para encontrá-lo. Ele apareceu depois de cinco dias, após ligar para a família e dizer que estaria pronto para voltar (relembre aqui).

Em novembro, a Itatiaia preferiu não detalhar o desaparecimento do funcionário. Em nota, a emissora disse que “não trará a público detalhes de cunho particular do ‘suposto desaparecimento voluntário’” do jornalista. Afirmou, ainda, que “garante toda assistência à família, respeitando seu direito de optar pela privacidade”.

O BHAZ tentou contato para atualizar o posicionamento da Itatiaia e, ainda, ouvir a versão de Bruno Azevedo, mas não obteve sucesso até esta publicação. Tão logo as partes se manifestem, esta reportagem será atualizada.

Se não houver nenhuma alteração no inquérito, Bruno pode responder pelo crime de estelionato e lavagem de dinheiro. A pena pode variar de 1 a 5 anos de prisão.

https://bhaz.com.br/2020/01/23/ancora-itatiaia-golpe/

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