quinta-feira, 21 de fevereiro de 2019

Chega a 176 o número de mortes na tragédia de Brumadinho

Foto: Corpo de Bombeiros

O número de desaparecidos é 134, sendo 31 funcionários da Vale e outros 103 operários terceirizados ou moradores das comunidades


A tragédia de Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, cada dia mais ganha números trágicos. O novo balanço divulgado nesta quinta-feira pela Defesa Civil de Minas Gerais mostra que subiu para 176 o número de mortes do rompimento da barragem Mina do Córrego do Feijão. O número de desaparecidos é 134, sendo 31 funcionários da Vale e outros 103 operários terceirizados ou moradores das comunidades atingidas pelo mar de lama. Todas as vítimas encontradas já foram identificadas.

As ações desta quinta-feira se concentraram, principalmente, em uma área onde está localizado almoxarifado da Vale. Ao menos um corpo foi encontrado no local. Ainda há a possibilidade de mais corpos serem encontrados na estrutura. Como ela está parcialmente destruída, há dificuldade dos bombeiros de acessar o local.

Nesta quinta, o efetivo em Brumadinho foi de 111 miliares mineiros e 29 bombeiros de outros estados. Eles trabalharam com o apoio de cães. “Conseguimos através deles excluir áreas de busca e identificar outras pontuais, para escavações”, informou o tenente-coronel Anderson Passos, do Corpo de Bombeiros. Cinquenta e duas máquinas pesadas são usadas na região.

Os bombeiros também começaram a usar drones nas buscas em Brumadinho. São seis unidades dos “Veículos especiais de suporte e prevenção aérea (VESPA)” empregadas durante todo o dia. Eles possuem câmeras termais, que permitem visualizar diferentes temperaturas, permitindo localizar pessoas, animais e objetos com maior precisão.

“A utilização de drones reduz a necessidade dos voos com helicópteros, o que significa um uso mais racional do recurso público, garantindo a disponibilidade destas aeronaves para novos atendimentos”, informou a corporação nesta quinta-feira. “Além da câmera termal, os equipamentos também possuem luzes anticolisão (para o voo coordenado com helicópteros e aviões), lanterna para iluminação de locais de difícil acesso, e também um sistema de som, que permite que o operador envie áudios para que pessoas próximas ao drone possam ser orientadas”, detalhou o Corpo de Bombeiros.

Os drones serão operados pelo Batalhão de Operações Aéreas, mas a corporação pretende, no futuro, disponibilizar o equipamento a todas as unidades do Corpo de Bombeiros, que terão militares treinados para usá-los em buscas, salvamentos, incêndios e desastres.

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