sábado, 21 de março de 2020

Expostos ao risco do coronavírus, caminhoneiros relatam que não têm onde se alimentar nas estradas

Marcelo Camargo/Agência Brasil
Líder dos caminheiros, Wanderlei Alves, o Dedéco, postou um vídeo, na tarde deste sábado (21), em que pede atenção dos governos para a situação dos motoristas que não vêm tendo como se alimentar devido ao fechamento de restaurantes e lanchonetes contra o novo coronavírus.

"É essencial não esquecer dos caminheiros. Estou vendo os caminhoneiros se revoltarem, com razão. A ordem é ficar em casa, mas nós não, temos que trabalhar. A ordem é só para os outros se protegerem", registra Dedéco.

"Estamos trabalhando numa situação de calamidade, de parar num posto e o gerente dizer que não pode oferecer nem banho, porque o estabelecimento está fechado. Ou vocês que têm o poder nas redes sociais fazem uma campanha de apoio ao caminhoneiro (...) ou vamos exercer o direito de ficar em casa, assim como todos os cidadãos", destaca.

Ele afirma estar em contato com o ministro Tarcísio Gomes de Freitas, da Infraestrutura, mas que ainda não ouviu "nada contundente". "Hoje recebi relatos de caminhoneiros que dormiram com fome. Vocês acham isso justo?", indaga.

Dedéco ressalta que não se trata de "passar fome por falta de dinheiro", mas sim por não ter locais onde comer. 'Não temos a intenção de parar, mas também não temos a obrigação de trabalhar sem ter onde comer".

Para ele, os postos de pedágio no Brasil deveriam fechar, devido as transações de dinheiro facilitarem transmissão do vírus. "Por que tudo fechou, menos as praças de pedágio?", pergunta.



(Hoje em Dia)

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