Sampaoli confirma Messi contra Espanha e diz: “É impossível ensinar algo a ele”

Foto: AFA / Divulgação

Messi e mais dez. Esta será a Argentina de Jorge Sampaoli no amistoso contra a Espanha, nesta terça-feira, no Estádio Metropolitano, casa do Atlético de Madrid. Depois de ter sido poupado na vitória
sobre a Itália, o camisa 10 foi confirmado pelo seu treinador contra alguns de seus velhos conhecidos de Barcelona em entrevista coletiva na segunda.

- Messi treinou normalmente, junto do resto do grupo. Está em condições para jogar. Se houvesse algum risco ele teria manifestado. No dia anterior ao jogo contra a Itália ele nos avisou que não estava em condições e não jogou. Agora treinou bem ontem (domingo) e hoje (segunda) e respondeu bem. A não ser que tenha alguma inflamação, não acredito que tenha qualquer inconveniente.

Mesmo com a presença de seu grande craque, Sampaoli deixou claro que a seleção não pode depender de apenas um jogador.

- É impossível ensinar algo a Messi. Estamos num lugar onde Messi é inalcançável. É preciso entendê-lo e gerar situações dos treinamentos que nos permita que seu estado de conforto seja ótimo. E, a partir disso, construir uma equipe que esteja relacionada com sua história. Esse tipo de jogador não aparece sempre e é preciso aprender a acompanhá-lo. Temos que estabelecer essa harmonia que o melhor jogador do mundo necessita e um entorno que seja favorável para ele.

O treinador também elogiou o comportamento do astro:

- Leo sempre está aberto a interagir muito sobre o que ele sente em campo. A leitura de um jogador que tem tanta capacidade dentro do campo faz com que os treinadores tenhamos melhor ótica. Nesse sentido, o diálogo com ele é bastante constante. Sempre vejo um alto grau de convencimento e de compromisso do Leo com a seleção.

A volta de Messi dá um respiro para Sampaoli, que tinha dois problemas confirmados para definir o ataque da Argentina - Di María e Agüero foram cortados por lesão e estão fora. Ele ainda depende da evolução de Lanzini para confirmar o time, mas é provável que o meia do West Ham, ex-Fluminense, vá para o banco.

Sampaoli confirmou que tem 80% da convocação pronta e voltou a falar sobre a situação de Dybala, da Juventus.

- Para definir a lista falta pouco. Volto a dizer que Paulo (Dybala) não está nessa convocação porque escolhemos outros jogadores, mas segue estando muito presente na minha cabeça. Tanto ele como outros jogadores que hoje não estão aqui continuam sendo considerados.

Ao analisar o rival, o técnico da Argentina ressaltou a força coletiva da campeã do mundo de 2010, que empatou com a Alemanha na última sexta-feira.

- Vejo a Espanha muito mais homogênea e superior aos rivais que aquela de 2014. Essa tem muitas mais variações de jogo e de ataque. Em cada jogo a vejo muito superior ao resto. Do que vi nos últimos tempos, a Espanha é muito melhor do que boa parte das seleções. Ela tem uma ideia bem marcada do que precisa e um estilo muito definido.

E citou alguns dos jogadores de destaque:

- Andrés (Iniesta) é quem, de três quartos do campo adiante, entende o jogo com muito mais claridade, como faz Leo no passe final. Também tem jogadores como Isco, Asensio ou David Silva, que não jogará, mas pode ser o jogador que pode cumprir o papel de Leo num time como a Espanha.

A Argentina deve ir a campo com: Romero, Bustos, Otamendi, Rojo e Tagliafico; Mascherano e Banega; Meza, Messi e Lo Celso; Higuaín.


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