sexta-feira, 11 de dezembro de 2020

Cruzeiro faz acordo e pagará a Dodô R$ 15 milhões

Foto: Vinnicius Silva/Cruzeiro

Depois de meses brigando na Justiça, Cruzeiro e o lateral-esquerdo Dodô fizeram um acordo. O clube celeste vai pagar R$ 15 milhões ao atleta, sendo R$ 14.750.000,00 de indenização por rescisão contratual e R$ 250 mil de FGTS. O contrato do jogador (salários e luvas) estava avaliado em R$ 33,25 milhões.

O valor acordado será pago em 60 parcelas iguais, mensais e sucessivas, no valor de R$ 250 mil cada. O primeiro pagamento ficou estipulado para o dia 15 de janeiro de 2022, sendo que as demais parcelas vencerão no dia 15 dos meses subsequentes. A quitação total do débito está programada para 15 de dezembro de 2026.

Os valores serão corrigidos pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) até a data do seu vencimento, sem a incidência de juros mora, desde que paga no prazo.

Em caso de mais de cinco dias de atraso, o acordo prevê incidência de multa de mora de 1% aplicada sobre o valor de cada parcela em atraso, sem embargo da correção pelo IPCA, além de juros moratório de 1% ao mês.

Na hipótese de atraso de cinco parcelas, alternadas ou sucessivas, ocorrerá também o vencimento antecipado de todas as parcelas não quitadas, com o acréscimo de multa de 10% sobre o saldo devedor existente nessa data, sem embargo da correção pelo IPCA, além de juros moratório de 1% ao mês.

Dodô na Justiça

Na Justiça do Trabalho, Dodô queria que o contrato com o Cruzeiro fosse reativado nos moldes originais. Por sua vez, a defesa celeste considerava as cláusulas lesivas e solicitava o anulamento. 

O contrato de Dodô, feito na gestão de Wagner Pires de Sá, Itair Machado e Sérgio Nonato, previa pagamento mensal de R$ 917,2 mil brutos ao jogador de março a novembro de 2020. O valor é mais de seis vezes superior ao ‘teto’ de R$ 150 mil estabelecido pelo Cruzeiro, que teve queda substancial nas receitas em razão do rebaixamento à Série B do Brasileiro.

Dos R$ 917,2 mil, R$ 330 mil são de salários e R$ 587,2 mil a título de luvas. Considerando 13º e um terço de férias em 2020, o valor atingiria R$ 1,35 milhão em dezembro. De janeiro de 2021 a dezembro de 2023, o atleta contaria exclusivamente com os vencimentos por mês.

De acordo com o documento, datado em 23 de janeiro de 2019, o ordenado do lateral-esquerdo era dividido em R$ 297 mil de salário-base e R$ 33 mil de acréscimo remuneratório, não havendo, portanto, direitos de imagem.

Os R$ 8,8 milhões de luvas seriam parcelados em 18 vezes: a primeira, de R$ 366 mil, em fevereiro de 2019; da segunda à oitava, também de R$ 366 mil, de agosto de 2019 a fevereiro de 2020; e as dez restantes, de R$ 587,2 mil cada, de março a dezembro de 2020.

Contando luvas, salários e direitos econômicos, o Cruzeiro teria um gasto médio anual de R$ 6,65 milhões com Dodô, totalizando aproximadamente R$ 33,25 milhões em cinco anos de contrato.

Com o acordo, o caso vai sair da Justiça do Trabalho.

Por Superesportes

Um comentário:

  1. Quem é Dodô? Por isso futebol brasileiro está fadado à falência! Cruzeiro é um grande exemplo de incompetência neste quesito. 7x1 Alemanha!

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