Foto: Gustavo Aleixo/Cruzeiro |
A ação, que pleiteia a suspensão da eleição para escolher os conselheiros efetivos e suplentes do Cruzeiro, teve pedido de liminar de urgência negado pela Justiça, nesta segunda-feira. A decisão é da juíza plantonista, Marcela Maria Pereira Amaral Novais
Na decisão, a Justiça não identificou que os argumentos dos associados são suficientes para conseguir a suspensão do pleito. No teor do texto, é explicado que o Cruzeiro realizou uma retificação, no dia 7, ao edital publicado inicialmente no dia 04.
Denote-se que o réu, em sede de contradição ao pleito de tutela, apresentou documentos que demonstram que o edital convocatório em tela foi retificado no dia 07.12.2020, para fins de corrigir um erro material ocorrido no edição daquele publicado no dia 04.12.2020, a fim de incluir uma vírgula (,) entre a palavra “Associados e Conselheiros”, sanando qualquer dúvida acerca da amplitude do ato convocatório, de tal forma que todos os associados, com iguais direitos, foram abrangidos pelo edital convocatório. Demonstrou o requerido, ainda, elementos que, a princípio, corroboram a sua assertiva de que foi dada ampla publicidade ao edital retificador, veiculado em três jornais de grande circulação e no sítio eletrônico oficial do Clube.
A eleição de novos conselheiros do Cruzeiro está marcada para 2 de janeiro - data do centenário do clube. O pleito teve apenas uma chapa inscrita que irá escolher 220 conselheiros efetivos e 110 suplentes.
A chapa tem o nome de "Novo Cruzeiro" e não terá concorrência para assumir postos no quadro do conselho deliberativo. Nagib Simões, eleito presidente para suceder Paulo Pedrosa, tinha um acordo com o presidente do clube, Sérgio Santos Rodrigues, de cada um indicar 110 nomes para a chapa dos 220 conselheiros efetivos.
Na noite de segunda-feira passada, a assembleia geral virou também motivador de um registro de B.O. ("atrito verbal") na Polícia Militar. O conselheiro nato Luiz Carlos Rodrigues Filho, segundo o documento, solicitou a viatura da PMMG na sede do Cruzeiro, no Barro Preto. Ele relatou que foi até a sala do conselho deliberativo, no oitavo andar o prédio, protocolar o pedido de cancelamento da assembleia, mas que o documento não foi aceito por Nagib Simões, presidente do conselho, e que foi retirado do local por seguranças. Nagib preferiu não prestar depoimento no B.O.
Nesta segunda-feira, Luiz Carlos Rodrigues promete entregar uma representação ao conselho deliberativo do Cruzeiro, pedindo o afastamento de Nagib, por suposta quebra de decoro, ato antiético e afronta ao Estatuto. Ele ainda pede que o caso seja analisado antes da eleição.
Em 2017, houve assembleia geral para eleição dos conselheiros efetivos e o pleito segue em discussão na Justiça desde então.
Globo Esporte
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