sábado, 4 de abril de 2020

Pandemia do coronavírus afeta mercado, e Usiminas suspende operação de altos-fornos

Usiminas paralisou operações em altos-fornos, enquanto a ArcelorMittal também adotou medidas diante da queda no setor


Divulgação/Usiminas
Siderurgias de Minas Gerais adotaram medidas para adequar suas produções à queda do mercado durante a pandemia do novo coronavírus. Em seus site oficial, a Usiminas anunciou que vai suspender a operação de alguns altos-fornos diante da pouca demanda durante a crise da saúde pública.

A Usiminas informou que, a partir deste mês, paralisará as operações dos altos-fornos 1 e 2 e
da Aciaria 1 de sua fábrica localizada em Ipatinga, no Vale do Rio Doce.

As paralisações duram meses e exigem custos altíssimos. Conhecida como “abafamento”, essa medida é uma das mais drásticas a serem tomadas por uma empresa do setor durante tempos de crise do mercado.

Ainda de acordo com a empresa, as operações do alto-forno 3, da aciaria 2, laminações e galvanizações serão mantidas.

Em decorrência das novas medidas, a empresa utilizará bancos de horas, readequação de efetivo de terceirizadas e alteração na tabela de turno, bem como a extensão de home office e a concessão de férias coletivas a parte do efetivo.

Haverá concessão de férias coletivas a 29,6% do efetivo da Usiminas Mecânica S.A. e 46,3% dos empregados da Solução em Aço Usiminas S.A.

A redução da produção da Usiminas também atinge as unidades localizadas em Porto Alegre-RS, Guarulhos-SP, Betim, Taubaté-SP e o Complexo Industrial Suape, situado em Santo Agostinho (PE).

ArcelorMittal

Outra empresa atingida pela queda no mercado é a ArcelorMittal. No segmento de aços planos, a empresa decidiu pela parada, em até 45 dias, das atividades do Alto-Forno 3 na unidade de Tubarão (ES).


Já no segmento de aço longo, a empresa reduzirá temporariamente a produção em algumas de suas indústrias. A exceção é a unidade de João Monlevade, na Região Central de Minas Gerais, a Mina do Andrade e algumas unidades florestais no estado, que vão permanecer produzindo.

Ações despencam

Ações de cinco das maiores siderúrgicas do Brasil registraram queda na bolsa de valores nesta sexta-feira (3).

O maior "derretimento" foi sofrido justamente pela Usiminas: decréscimo de 11,88%. Na mesma toada, a CSN teve queda de 10,33%.

Com perdas menores, porém também impactantes, a Gerdau teve queda de 7,07%, a Vallourec, de 5,98%, e Anglo American, de 6,19%.

(Estado de Minas)

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