Foto: Rogério Santana/Divulgação/Governo do Rio de Janeiro |
Policiais e promotores não explicaram o motivo da inclusão do nome do governador no inquérito, que corre sob sigilo. Como o governador tem foro privilegiado, parte da investigação foi deslocada para o STJ. Policiais e promotores não explicaram o motivo da inclusão do nome do governador no inquérito, que corre sob sigilo.
Segundo as investigações, houve várias irregularidades nos contratos celebrados para a compra dos equipamentos e nos pagamentos antecipados a fornecedores. Na terça-feira, a Justiça do Rio bloqueou bens e valores de três empresas contratadas pelo governo do estado para a aquisição dos respiradores.
Os sócios das empresas também tiveram bens bloqueados. O ex-subsecretário estadual de Saúde Gabriell Neves é uma das pessoas investigadas. Três fornecedores de respiradores e um outro ex-subsecretário foram presos por supostas irregularidades em contratos emergenciais firmados com a justificativa de combater o coronavírus.
Na semana passada, quatro pessoas foram presas na primeira fase da operação: Gabriell Neves, que já tinha sido exonerado do cargo; Gustavo Borges, seu sucessor, que também acabou perdendo a função; Aurino Filho, dono de uma das empresas que ganharam contratos para fornecer respiradores; e Cinthya Silva Neumann, sócia de uma outra firma.
O governo comprou, ao todo, mil respiradores de três empresas diferentes. A ARC Fontoura vendeu 400 aparelhos, mas só entregou 52. Os ventiladores mecânicos entregues, no entanto, não são recomendados para o tratamento da Covid-19. O custo total da compra foi de R$183,5 milhões. O governo já havia pago parte deste valor. Na terça-feira, cancelou os contratos com as três empresas.
Até ontem, foram cancelados 44 dos 66 contratos emergenciais firmados durante a pandemia, por suspeitas de irregularidades.
Na quinta-feira, uma outra operação resultou na prisão de dez pessoas acusadas de planejar esquemas de superfaturamento em compras e serviços contratados em caráter emergencial na área de saúde do estado. A investigação, conduzida pela PF, pelo Ministério Público do Rio e pelo Ministério Público Federal, aponta que os hospitais de campanha para tratamento de pacientes com a Covid-19 entraram na mira dos fraudadores, que teriam causado um prejuízo de quase R$ 700 milhões ao estado nos últimos oito anos.
Por meio de nota, o governador Witzel reiterou seu respeito às instituições e lamentou que “pessoas queiram cometer ilícitos, principalmente neste momento de pandemia e de luta pela vida de milhares de pessoas”.
EXTRA
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