segunda-feira, 1 de abril de 2019

Suplente do ex-vereador José Geraldo de Andrade é empossado em definitivo na Câmara de Ipatinga

Foto: Câmara Municipal de Ipatinga 
O vereador Avelino Cruz (Avante) foi empossado de forma definitiva na Câmara Municipal de Ipatinga na tarde desta segunda-feira (1º). Ele substitui o ex-colega parlamentar e de partido, José Geraldo de Andrade, que é investigado pelo Gaeco por suspeita de participação em esquema de manipulação de salários de servidores.

A renúncia de José Geraldo Andrade ocorreu em razão da assinatura de termo de ajustamento de conduta (TAC), com o Ministério Público, após ter sido solto. No acordo, o vereador também se comprometeu a pagar uma multa de cinco vezes o valor do subsídio mensal de um vereador, totalizando R$ 50.545. O TAC firmado diz ainda que o parlamentar vai ter que pagar R$ 100 mil por danos morais coletivos. Andrade se comprometeu, também, a não ocupar nenhum cargo público pelos próximos cinco anos.

Além de Avelino Cruz, tomaram posse de forma definitiva nos últimos dias os suplentes Adelson Fernandes (PROS) e Werley Glicério (PSD), que entraram nas vagas de Paulo Reis (PROS) e Rogério Antônio Bento, que também são investigados e foram presos pela operação do Gaeco.

Além de Paulo Reis, Rogério Antônio Bento e José Geraldo de Andrade, são investigados no esquema Luiz Márcio Rocha (PTC) e Wanderson Gandra (PSC). Uma comissão processante foi instaurada na Câmara Municipal para avaliar as condições dos vereadores investigados.

Entenda o caso

A operação Dolos é uma ação conjunta entre Ministério Público, Polícias Civil e Militar, através do Grupo de Atuação de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). Segundo as investigações, vereadores de Ipatinga contratavam assessores e exigiam deles parte do salário de volta.

De acordo com o MP, o esquema para arrecadar a verba acontecia de mais de uma maneira. A primeira delas no recebimento e entrega de valores em espécie ao representante do Legislativo por parte do funcionário contratado. A segunda modalidade era a retenção do cartão bancário, com o repasse de pequeno valor ao funcionário e manipulação na folha de ponto; muitos destes funcionários, segundo o Gaeco, eram "fantasmas". A terceira, o vereador determinava a realização de empréstimos bancários por parte de servidores com o saque e transferência para contas de interpostas pessoas que eram usadas como laranjas visando maquiar o real destino dos valores.

De acordo com o Ministério Público, além do enriquecimento ilícito, o dinheiro exigido dos assessores servia para fortalecimento dos vereadores em bairros, visando as eleições municipais. Ao todo, 12 pessoas foram denunciadas na operação, entre vereadores, assessores, contadores, corretores de imóveis e comerciantes.

https://g1.globo.com/mg/vales-mg/noticia/2019/04/01/suplente-do-ex-vereador-jose-geraldo-andrade-e-empossado-em-definitivo-na-camara-de-ipatinga.ghtml

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