quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Presidente da Conmebol diz que não sabia de ato racista e marca reunião com Cruzeiro

Nesta sexta-feira tem reunião marcada com o clube mineiro


Itatiaia como fonte da informação




Presidente da Conmebol vai ser reunir com Cruzeiro nesta sexta (Divulgação/Conmebol)


Demorou quase um dia para o presidente da Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol), Eugenio Figueredo, ficar sabendo do caso de racismo da torcida do Real Garcilaso contra o volante Tinga na partida do Cruzeiro, nessa quarta-feira, em Huancayo, no Peru, pela Copa Libertadores. O mandatário da entidade admitiu que só tomou conhecimento do caso quando o Ministro do Esporte, Aldo Rebelo, conversou com ele, por telefone, nesta quinta-feira cobrando providências.

“Eu fiquei sabendo do assunto porque o ministro do Esporte do Brasil, Aldo Rebelo, me ligou. Logo vi um vídeo na internet sobre o tema. Nós vamos pedir as informações respectivas e passaremos o caso para a Comissão de Disciplina da Conmebol”, declarou Figueredo em entrevista ao site Pasión Libertadores.

Apesar do atraso para se inteirar da situação, o presidente da Conmebol avisou que já tem uma reunião marcada com o Cruzeiro, nesta sexta-feira, para se aprofundar no caso. “Amanhã receberemos uma comitiva do Cruzeiro que reunirá conosco para tratar do assunto”, revelou o dirigente, que não adiantou se irá anunciar uma punição ao Real Garcilaso pelo episódio.

Figueredo apenar reforçou o coro contra qualquer tipo de manifestação racista. “A Confederação Sul-Americana repudia energicamente qualquer ato de discriminação no futebol”, frisou..

Aldo Rebelo também manifestou repúdio ao racismo em nota oficial no site do ministério. O ministro considerou “inconcebível” o ocorrido e prestou seu apoio a Tinga. “No ano em que o mundo inteiro se une para disseminar uma mensagem contra o preconceito durante a Copa do Mundo do Brasil, é inconcebível o comportamento que vimos em Huancayo. Tinga tem todo o nosso apoio na luta contra o racismo, que, esperamos, será combatido com firmeza pela Conmebol.”

Além do ministro, a presidente Dilma Rousseff, a Confederação Brasileira de Futebol e vários jogadores manifestaram publicamente repúdio às atitudes racistas no futebol e apoio ao jogador do Cruzeiro.

Com informações da Agência Brasil