terça-feira, 13 de abril de 2021

Empresário chega a 24 ações judiciais contra o Atlético-MG e cobra mais de R$ 40 milhões

Divulgação

O empresário André Cury, influente no futebol brasileiro, se tornou um dos maiores credores do Atlético-MG. O clube, que ultrapassou a barreira de R$ 1 bilhão de dívida global, é também réu, agora, de 24 ações do agente, que cobra mais de R$ 40 milhões a título de comissão, cessão de crédito e intermediação em transações envolvendo jogadores.

Cury foi responsável por levar vários reforços ao Galo nos últimos anos. Recentemente, intermediou a chegada de Dylan Borrero, Guilherme Arana e Eduardo Vargas. Ele cobra R$ 3,5 milhões pela negociação dos três jogadores, sendo que no caso do colombiano e do chileno, há outros valores a vencer. Essas ações estão ingressas na CNRD, da CBF, mas há outras na Justiça de Minas Gerais e de São Paulo.

André Cury entrou com pedido de reconsideração em 12 de abril, segunda passada, na ação que move contra o Atlético na 30ª vara cível de Belo Horizonte, solicitando que o juiz do caso acate o pedido de tutela para o Atlético pagar R$ 800 mil referente à venda de Marcos Rocha ao Palmeiras, que o agente teria direito a uma bonificação. Em 25 de março, o juiz rejeitou a tutela. A informação é do portal UOL, e o ge teve acesso ao documento das advogadas de Cury.

- Vossa Excelência indeferiu o pedido de tutela de urgência, alegando que tal pedido somente é concedido em situações excepcionais, além de mencionar que o Réu é notoriamente solvente (...) Ocorre que após a decisão proferida, notadamente um dia após, fatos novos surgiram, os quais por sí só dão ensejo ao deferimento da tutela, conforme restará demonstrado. Recentemente saíram diversas reportagens com o atual presidente do Réu, nas quais é vastamente discutida a situação financeira do clube, mencionando que a dívida do CAM ultrapassa o valor de 1 (um) bilhão de reais

Agora, o pedido de reconsideração do agente envolve que a Justiça bloqueio valores a receber do Galo envolvendo os 15% mensais de luvas do Diamond Mall, shopping center do qual o Atlético é detentor de 49,9%. No orçamento de 2021, o Galo prevê arrecadar R$ 8 milhões. Além disso, nas alegações das representantes de Cury, é narrado que o presidente do Atlético, Sérgio Coelho, admite situação financeira complicada e que ventila-se que a saída seria negociar a outra fatia do Diamond.

Há o pedido também para que, em caso de venda do Diamond Mall, o dinheiro que, por ventura, for para os cofres do Atlético, seja também alvo de intervenção para satisfazer o débito do clube com Cury, no que se refere aos R$ 800 mil de Marcos Rocha.

Outra solicitação é de igual natureza, mas envolvendo a possibilidade de o Atlético lucrar com as vendas de Guilherme Arana, Allan ou o jovem Savinho, de apenas 17 anos. Vale ressalta que Arana não é jogador do Atlético, ainda, pois ainda está emprestado até junho pelo Sevilla, com cláusulas de obrigação de compra.

- Seja deferida a tutela para que seja reservado o valor correspondente desta ação em caso de venda de direitos econômicos dos seguintes atletas do Réu (quem primeiro for negociado): Guilherme Antônio Arana; Allan Rodrigues de Souza e Sávio Moreira de Oliveira, devendo para tanto serem oficiadas a Diretoria de Registro, Transferência e Licenciamento de Clubes da Confederação Brasileira de Futebol - diz a petição de Cury.

O departamento jurídico do Atlético, com novos elementos, prefere não dar posicionamentos públicos sobre situações individuais de cobrança. O clube pretende demonstrar as questões financeiras para a torcida em evento realizado na sexta-feira, chamado de "Galo Business Day".

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