Foto: Rodrigo Clemente/PBH |
“Se acabar com o isolamento social agora, vamos ocupar todos os leitos de CTI e vamos precisar de mais 2 mil. Vai morrer muita gente”, disse ele ao lado da equipe de três infectologistas responsáveis pelo controle da pandemia de covid-19 em BH: Unaí Tupinambás, Carlos Starling e Estevão Urbano.
Starling afirmou que, com as medidas adotadas na cidade, estima-se que foram evitadas mais de 2 mil internações e 60 mortes.
“Não pode haver relaxamento da nossa parte. Se perdermos um dia, pode ser catastrófico”, ressaltou Starling. “Percebemos claramente um achatamento da curva. Entretanto, o risco de acontecer como em Milão é muito grande. [O relaxamento] pode implicar em um aumento abrupto do número de casos”, completou.
Ele explicou que o isolamento é importante não apenas para manter menos leitos ocupados, mas para que, com o passar do tempo, haja cepas menos agressivas do vírus e apareçam medicamentos para tratar a covid-19.
O infectologista destacou o risco de as pessoas fazerem exercícios físicos fora de casa. “Tem estudos mostrando que mesmo estando em espaço aberto há o risco de transmissão”.
Cloroquina
Starling informou que alguns hospitais de Belo Horizonte têm usado a cloroquina no tratamento de pacientes em situações moderadas ou graves. “Não há uma obrigatoriedade de uso, há uma liberalidade para uso, apesar de a literatura ainda não ser muito clara em relação à eficácia dela”, frisou. “Não podemos esquecer que se trata de uma droga que pode ter efeitos colaterais deletérios”, emendou.
Rádio Itatiaia
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