quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

ESPECIAL

Os profissionais da várzea

Narrando a história 

Hoje na várzea, jogador deixou o Anzhi, da Rússia, após ser chamado de macaco



Aos 35 anos, Róbson é conhecido na várzea de São Paulo. Meia-atacante rápido e habilidoso, foi semifinalista de duas edições da Copa Kaiser. Hoje, joga no Família 100 Valor, do Jardim Panamericano, uma das surpresas da edição 2013 do torneio. A alegria que o jogador exibe nos campos de terra de São Paulo, porém, escondem uma história de preconceito vivida na Rússia.

Em 2003, o jogador passou pelo Anzhy Makhachkala. O time, do Daguestão, uma república separatista da Rússia, ficou famoso nos últimos anos pelos gastos desenfreados do magnata Suleyman Kerimov com jogadores famosos. Entre outros nomes de peso, a equipe contou com os brasileiros Roberto Carlos e William e com o camaronês Eto’o. O primeiro se aposentou dos gramados com a camisa do clube. Os outros dois acabaram de ser vendidos para o Chelsea, após Kerimov anunciar corte de gastos e decidir vender suas estrelas.

Quando Róbson defendeu o clube, porém, a situação era modesta. O Anzhi tinha acabado de ser rebaixado da Premier League para a Primeira Divisão do futebol russo – que, na prática, era a Segundona. Com pouco investimento, apostou em estrangeiros. O elenco já tinha outro brasileiro, William Oliveira, que tinha chegado um ano antes. Mesmo assim, a situação que encontrou na equipe foi das piores: ele foi um dos primeiros negros a vestir a camisa do clube e sentiu o preconceito.




Róbson mostra fotos de quando era profissional Renato Cordeiro/UOL Esporte

“Não foi uma passagem nada boa. Sempre que eu entrava em campo, os torcedores faziam gestos de macaco nas arquibancadas. Até os companheiros de time me tratavam de maneira diferente. Eu não entendia nada o que eles falavam nos treinos, mas o outro brasileiro do time, o William, entendia. Quando o treino terminava, ele me contava o que tinha sido falado. Eles também me ofendiam. Aguentei a situação por um ano. Não cheguei a reclamar, mas no meio da segunda temporada pedi para rescindir o contrato. Não dava mais'', lembra o meia.

Enfrentando oposição interna e dificuldades de adaptação ao clima, a passagem de Róbson pelo Daguestão foi ruim. Segundo o site oficial do Anzhi (que o chama de Róbson Paolo, não Paulo), ele defendeu o clube em apenas cinco partidas, quatro pela Primeira Divisão e uma pelas oitavas de final da Copa da Rússia. Não marcou gols e somou um cartão amarelo. “Além do preconceito, a dificuldade com o frio foi muito grande. Para você ter ideia, desembarquei em Moscou só com camisa, sem jaqueta, nada. Fiquei esperando morrendo de frio até a bagagem ser liberada''.

Histórias como a de Róbson são frequentes no futebol russo. Quando jogou por lá, Roberto Carlos, apesar do status de estrela que tinha, sofreu na pele a intolerância das arquibancadas: em uma partida contra o Krylia Sovetov, o lateral saia de campo com a bola do jogo e um torcedor atirou uma banana em sua direção. Roberto Carlos, então, atirou a fruta de volta para a arquibancada, jogou a braçadeira de capitão de sua equipe no chão e reclamou com o juiz da partida. “O ato racista, como qualquer outro comportamento agressivo, deve ser erradicado porque não tem lugar na vida cotidiana ou nos estádios'', reclamou Roberto Carlos.

Apesar do fracasso em seu único contrato profissional no exterior, a carreira de Robson dentro do Brasil foi sólida. Antes da Rússia, passou 12 anos no Juventus, entre categorias de base e o profissional. Em 1997, foi vice-campeão da Série C. “Até hoje, é minha principal conquista, por ser no time em que comecei no futebol''. A saída do time da Mooca aconteceu 98, com o fim de seu contrato.

O meia passou, então, a rodar pelo Brasil. Entre 2001 e 2002, jogou no Náutico, quando foi treinado por Muricy Ramalho. Foi bem e chegou à Rússia. Ao voltar da experiência traumática, passou por Avaí e Ceará, times pelo qual disputou duas Copas do Brasil. “Joguei com muita gente importante. O Muricy foi o técnico mais famoso com quem trabalhei, mas também fui treinado pelo José Carlos Serrão e pelo Vagner Benazzi. Entre os jogadores, peguei o fim da carreira do Fabinho, ponta do Corinthians. Com o Jorginho, joguei no Santo André, ao lado do Vágner, aquele goleiro do Botafogo, e com o Índio, do Corinthians, campeão mundial''.


Campeão em 2001, Alex Mineiro atua no futebol amador de Curitiba
Herói rubro-negro no título nacional, em 2001, ele estreia pelo Bairro Alto, de Curitiba, com gol de cabeça


Por Fernando Freire Curitiba





Debaixo de muito sol, Alex estreia pelo Bairro Alto
(Foto: Fernando Freire/GLOBOESPORTE.COM)


Alex Mineiro tem um título de campeão brasileiro, disputa de Taça Libertadores e prêmios de artilheiro no currículo. Alex - que tem passagem por 11 clubes profissionais - agora defende o Bairro Alto, clube amador que disputa a Suburbana de Curitiba.

Na estreia, debaixo de 30°C, mesmo sem ritmo de jogo, Alex marcou um gol, de cabeça, no empate em 1 a 1 com o Capão Raso. Na arquibancada, alguns torcedores do Furacão.

Alex Mineiro entrou para a história rubro-negra ao balançar a rede oito vezes nos quatro jogos decisivos do Campeonato Brasileiro de 2001, inclusive o do 1 a 0 sobre o São Caetano, no Estádio Anacleto Campanella. Naquele ano, Alex marcou 17 gols - junto com o companheiro Kléber Pereira a atrás de Romário (então no Vasco, com 21 gols) e Washington (ex-Ponte Preta, com 18)

Alex Mineiro, revelado pelo América-MG, tem passagem, além do Atlético-PR, por Cruzeiro, Vitória, União Barbarense, Bahia, Atlético-MG, Palmeiras, Grêmio, Tigres-MEX e Kashima Antlers-JAP.

Aposentado em 2010 (principalmente pela série de lesões), ele investe no ramo imobiliário em Belo Horizonte. Ele fazia apenas três dias de musculação por semana. Pela distância entre as capitais mineira a paranaense e por compromissos profissionais, o camisa 9 não vai poder participar de todos os jogos do Bairro Alto. Na Suburbana, os oito melhores dos 12 clubes passam para a segunda fase, e o time de Alex está classificado.





Alex Mineiro, mesmo bem marcado, faz um gol


(Foto: Fernando Freire/GLOBOESPORTE.COM)

Companheiros campeões

Alex Mineiro tem a companhia de outros campeões brasileiros de 2001 no Bairro Alto: o zagueiro Rogério Corrêa, titular na campanha da conquista rubro-negra, joga ao lado de Alex, e o ex-zagueiro Nem, capitão do Atlético-PR há 11 anos, é técnico da equipe. O time amador de Curitiba conta com outros ex-jogadores com passagem pelo Furacão: o volante Douglas Silva, também campeão nacional, e Alex Lopes, que passou pelo clube nos anos 90.


Bairro Alto tem quatro ex-atleticanos (Foto: Fernando Freire/GLOBOESPORTE.COM)


Após estreia com assistência para gol, Jardel é atração no Vila Nova de Ibirubá
Ídolo gremista, centroavante veste a camisa 16 em tima do Interior do RS e disputa campeonato amador





Jardel vibrou após assistência para gol do Vila Nova, de Ibirubá Foto: Henrique Siqueira / Especial

Fernando Goettems


fernando.goettems@zerohora.com.br


– O Felipão chegava na palestra e dizia para o Arce: tá vendo essa cabeça aqui? Cruza que ele faz. Aí me dava uma baita autoestima. Eu pensava: tenho que fazer um gol pra esse homem.

A pequena história dos bastidores do Grêmio treinado por Luiz Felipe Scolari, campeão da Libertadores da América de 1995, foi contada pelo atacante Mário Jardel, 40 anos, minutos antes dele estrear pela Associação Atlética Vila Nova, no Campeonato Municipal de Futebol, em Ibirubá, no noroeste do Estado. No vestiário, companheiros de time ouviam atentos os causos de quem fez parte da história do futebol gaúcho e brasileiro e agora se arrisca a jogar um campeonato amador.

Nem o time, nem Jardel quiseram revelar os valores do contrato, apenas que vai receber por jogo. Danrlei, ex-companheiro de Grêmio, foi um dos intermediários entre a equipe o atacante.

– Recebi o convite do pessoal, gosto de jogar bola, então aceitei o convite. Vou fazer o possível para jogar todos os jogos – afirma.

Ele chegou na Região Noroeste na sexta-feira. Foi para Júlio de Castilhos, distante cerca de 120 quilômetros de Ibirubá, onde realizou uma sessão de autógrafos em uma loja de calçados. No sábado, 1h30min antes do jogo, foi até a pequena academia do hotel em Ibirubá, fez uma série de exercícios e alongamentos. Na rua, no estádio e nos lugares por onde passou, gremistas paravam, pediam fotos e autógrafos.

Apesar de não viver mais os tempos gloriosos, quando empilhava gols pelo Grêmio, ou na Europa, ele garante: a expectativa antes de cada jogo é a mesma de quando estava no auge. O atacante parecia seguir uma espécie de ritual antes da partida em Ibirubá: circulava pelo pequeno vestiário, alongando, conversando com companheiros e com o técnico, querendo conhecer um pouco de como cada jogador prefere atuar no Vila Nova, já que não realizou nenhum treino com o grupo.

– Antes do jogo, penso positivamente, fico imaginando que vou estar no momento certo pra fazer o gol. Não sei explicar, é coisa de Deus. Gosto de sentir a sensação de fazer o gol, de ouvir o torcedor gritar o meu nome no estádio – conta.

Na sua estreia, usando a mítica camisa número 16, Jardel não fez gol. Um pouco fora de forma, não conseguiu ter uma participação efetiva no jogo. Praticamente não recebeu nenhum cruzamento para usar sua principal arma, o cabeceio, o que também prejudicou seu desempenho. Mesmo assim, a estreia foi com vitória: 3 a 2 sobre o Bangu.


Assistência de cabeça para golO velho cabeceio apareceu algumas vezes durante o jogo, porém longe da meta adversária. Em uma delas, ele iniciou o lance que originou o gol do seu time. Jardel recebeu cruzamento na intermediária, desviou e deixou um dos seus companheiros livre, dentro da área. E assim o Vila Nova conseguiu abrir o placar, logo no início de jogo.

E pela sua presença em campo, três jogadores de defesa chegavam a marcar o atacante.

Com isso, sobrava mais espaço para os outros jogadores de ataque criar as oportunidades de gol. Na segunda etapa, um jogo morno, com muitas faltas e escassas oportunidades. Em alguns momentos, a torcida chegou até a ficar impaciente com os companheiros de Jardel, que tentavam cruzamentos na área adversária sem sucesso. O jogo ficou empatado em 2 a 2 até os últimos minutos, quando o Vila Nova chegou ao gol da vitória. No momento, Jardel já estava no vestiário, foi substituído aos 35 minutos da segunda etapa.

– Jogar, praticar esporte, pra mim é uma terapia, faz parte da minha superação. O importante é estar bem de saúde. Tive meus problemas, mas é bola pra frente – disse.

Em 2008, ele revelou em entrevista que era usuário de cocaína. Mais tarde, conseguiu se livrar do vício, mas acabou encerrando a carreira. Em 2012, fez curso para ser técnico e estágios com o então técnico gremista, Vanderlei Luxemburgo, que o convocou para a Seleção Brasileira em 2000. Roger, hoje auxiliar técnico, também o acompanhava. Outro projeto do ex-jogador para o futuro pode ser disputar um cargo político nas próximas eleições pelo PSD, partido de Danrlei.

– Acho que eu posso ser treinador, liderar uma equipe. Mas tudo no momento certo.

Por enquanto, é na várzea mesmo que Jardel vai tentar mostrar um pouco daquele futebol que o fez artilheiro pelo Grêmio e duas vezes Chuteira de Ouro, prêmio concedido ao jogador que faz mais gols em uma temporada na Europa, quando atuava em Portugal.

Jardel se define como "Cearúcho"


Nascido em Fortaleza, hoje Jardel mora em Porto Alegre. Ele tem cumprido uma extensa agenda de viagens pelo interior do estado, em encontros consulares do Grêmio, buscando novos sócios para o clube e divulgando a marca tricolor. Aliás, o ídolo respira Grêmio: relógios, caneleiras, praticamente tudo que o cerca, tem a marca do clube. E ele mesmo se considera um "Cearúcho", mistura de cearense e gaúcho, depois de ter vivido sua história no Sul.

– Nós, gremistas, queremos um título. Precisamos de um título urgente. Pelo investimento, era para termos conquistado algo nos últimos anos – resume.

ZHESPORTES


Atacante Euller ´´o filho do vento`` como destaque da Copa Aranãs,jogando pelo Aranãs


Euller Elias de Carvalho (Felixlândia, 15 de março de 1971 ) é um ex-futebolista brasileiro que atuava como atacante. Passou por América-MG, Atlético Mineiro, São Paulo, Palmeiras, Vasco da Gama e São Caetano, além de ter atuado no futebol japonês. No dia 16 de maio de 2011, Euller anunciou o fim da carreira durante a premiação do Troféu Globo Minas.

Fonte: Wikipédia

Irmão de Damião joga na várzea, mas trabalha com telemarketing

Edimar abandonou o profissionalismo e torce pelo Corinthians até contra o Inter. Ele diz onde sonha em ver Leandro atuar


Gabriel Cardoso, iG Porto Alegre





Foto: Arquivo Pessoal/ Divulgação

Edimar Damião joga pelo Ajax do Jardim São Jorge, na várzea em São Paulo

Atacante, 23 anos, bom de bola. Essa poderia ser a história de um grande craque do futebol brasileiro. Quase isso. Na verdade, é irmão de um goleador. Edimar faz parte da grande maioria dos brasileiros. Aqueles que tentaram sem sucesso uma carreira no futebol. O Interessante é que ele é irmão de um atacante da seleção brasileira. Ou ainda mais. Assegura que quando criança jogava melhor do que Leandro Damião, irmão mais novo do Edimar.

“Eu era melhor. Até o pessoal me vê hoje na rua e pergunta: Como você tá aqui e o seu irmão tá lá? No começo ele era bem mais fraquinho. Mas com o tempo ele foi adquirindo experiência, proteção de bola, cabeceio, que ele é muito bom”, afirma.


O iG traz uma entrevista exclusiva com Edimar dos Santos (ou Edimar Damião, embora esse não seja o sobrenome, e sim segundo nome de Leandro). Ele é um ano mais velho que o goleador do Internacional. Após algumas tentativas frustradas, desistiu de jogar profissionalmente, mas ainda se destaca nos campos de várzea em São Paulo. Poderia ser uma celebridade, mas acabou ficando no anonimato. Um brasileiro comum, que trabalha desde cedo para ajudar a família.

“Acho que você não me ligou numa boa hora”, responde Edimar do outro lado da linha. O repórter logo imagina que o rapaz é avesso às entrevistas. Mas Edimar completa: “É que estou aqui no ônibus, está muito lotado. Você pode me ligar depois das 21h30, pois já estarei em casa”, explicou.




Foto: Arquivo Pessoal/ Divulgação


Edimar sobe para o cabeceio

Eram 18h30, ele voltava pra casa depois de mais um dia de trabalho. Deixava o centro de São Paulo em direção à zona sul. Edimar ainda mora com o pai, Natalino, ou o Sr. Bigode, como é chamado pelos jogadores do Inter, e característica pela qual já foi homenageado por Damião, mostrando um bigode, após marcar um dos seus 35 gols em 2011.

Desde pequenos se arriscaram no futebol. Edimar e Damião jogavam juntos. Mal dava tempo pra ir aos jogos do Corinthians, time escolhido por boa parte da família. Ambos jogaram na várzea. Edimar chegou a fazer teste no Corinthians, mas não passou. O irmão mais velho tinha como responsabilidade buscar um trabalho. Leandro só queria saber de jogar bola. O presente mostra que a persistência adiantou. Após ser artilheiro do catarinense de 2009 pelo Atlético de Ibirama, Damião veio parar no Inter.

Em 2007, o XV de Outubro, de Indaial-SC, resolveu investir em Leandro Damião. Meses depois, chegaria Edimar. Nesse momento os rumos começavam a se afastar. Damião foi bem, acabou no Atlético de Ibirama. Edimar conseguiu ajuda de custo por três meses, mas acabou dispensado por falta de lugar no alojamento.

“Aí desisti de jogar bola. Foi em 2007. Aí fui trabalhar, fui perdendo preparo físico. Eu sempre deixei o futebol em segundo plano. Comecei a trabalhar com 16 anos, numa pizzaria aqui perto de casa. O Leandro não trabalhou, sempre correu atrás do futebol. Eu preferi largar a bola mesmo”, argumenta Edimar.

E ainda: Damião também jogou na várzea. Recebia R$ 30,00 na época do Nós Travamos FC

Ele ainda tentaria jogar pelo Sumaré-SP, outra vez sem sucesso. Ainda tem idade para jogar bola (23), mas anda desanimado. Perguntado sobre a hipótese de voltar a jogar profissionalmente, descartou.

“Hoje, com 23 anos, acho que não. Estou bem cabisbaixo com o futebol. Também estou com alguma dor no pé, então preciso tratar. Acho que quem tentar investir em mim vai se dar mal”, tratou de avisar.

O futebol ainda é muito presente na vida da família dos Santos. O sucesso de Leandro já assegura uma melhor condição de vida pra ele e pro Sr. Bigode, que abandonou o trabalho e faz companhia ao filho. Edimar mudou de emprego recentemente, cumpre uma jornada de seis horas de trabalho como operador de telemarketing. No caminho entre zona sul e centro, pega um ônibus e um metrô.





Foto: Gabriel Cardoso

Natalino, o Sr. Bigode, está sempre acompanhando Damião

Aos domingos, a bola rola nos campos de várzea em São Paulo. Edimar veste a camisa do Ajax do Jardim São Jorge.

“Disputamos o melhor campeonato de várzea aqui. A Copa Kaiser. É dividido por zona. Aí saem dois de cada zona pra fazer as oitavas de final. Meu time estava entre os quatro da zona sul, mas fomos eliminados. Os jogos são sempre aos domingos”, conta.

O ex-camisa 10, agora aproveita para jogar como centroavante. Posto que era ocupado pelo irmão quando jogavam juntos. E se promove.

“Olha na foto aí. Eu vou mais alto que o goleiro. Quase atropelo ele. Nosso time é bem forte, mas pegamos o campeão do ano passado na nossa chave. Eles até recebem pra jogar. É bem organizado. Nós jogamos como hobby, com os amigos”, diz.






Foto: Arquivo Pessoal/ Divulgação

Edimar atropela os zagueiros e divide a bola com o goleiro

O Ajax é um bom time. Chegou até a quinta fase da Copa Kaiser. Acabou eliminado no domingo passado. Resta para o Edimar torcer para o Corinthians. O time do coração mexe com ele. E nem adianta dizer que o irmão joga em outro time. Se for Inter x Corinthians, ele espera por gol do Damião, mas pela vitória do Timão.

“O que mudou na nossa família foi que começamos a torcer pro Inter. Mas seguimos torcendo pro Corinthians. De vez em quando a gente fica em dúvida se assiste o Inter ou o Corinthians. A família agora se reúne quando tem jogo do Inter. Se tem Inter x Corinthians, a torcida é do Damião. Quem sabe ele faz três gols e o Corinthians faz quatro. Ainda torço pro Corinthians. Aqui em São Paulo é triste de largar o Corinthians”, argumenta. sonho é ver o irmão brilhando nas grandes potências do futebol mundial. Edimar anda muito contente com o que Damião tem feito no Inter, mas sabe que hora ou outra ele acabará jogando na Europa.

Edimar já indica até quem poderia ser um possível interessado: o Real Madrid. Nada de Barcelona. Ele acha que o estilo da equipe catalã não se adapta ao do centroavante grandalhão. Ele projeta assistir o irmão brilhando no gramado do Santiago Bernabéu, na capital espanhola.

“Acho que ele se daria bem no Real Madrid. Acho que se identifica mais com ele. Tem cruzamento de área, jogadores fortes no ataque. Já no Barcelona eu acho que não, pois é um futebol mais de toque, não tem jogadores pra alçar bola na área, não tem muito contato físico. Então acho que o Real Madrid seria uma boa”, completa.

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