segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Cruzeiro diz que PM havia sido informada sobre festa com antecedência


Dionizio Oliveira
Do UOL, em Belo Horizonte
 
  Depois de o comandante do Batalhão de Policiamento de Eventos, coronel Antônio de Carvalho, dizer que houve falhas no planejamento da segurança na festa do Cruzeiro e que a Polícia Militar havia sido convocada de última hora, o clube celeste se defendeu alegando que informou a corporação previamente sobre o evento e que tomou todas as medidas para celebrar a conquista do título brasileiro.
Estava programada logo após a partida contra o Bahia uma festa com apresentação do músico Alexandre Peixe em cima de um trio elétrico e a distribuição de 100 mil latas de cerveja. No entanto, houve uma briga entre integrantes de duas torcidas organizadas do Cruzeiro, a Máfia Azul e a Pavilhão Independente, que culminou com o cancelamento do evento.
Segundo o diretor de comunicação do Cruzeiro, Guilherme Mendes, o clube vinha mantendo contato com a corporação militar frequentemente nos dias que antecederam o jogo. De acordo com o dirigente, o clube procurou a PM para informar da festa no dia 21 de novembro, dez dias antes da partida.
Na segunda-feira seguinte, no dia 25, houve uma reunião na Federação Mineira de Futebol para acertar os detalhes da partida contra os baianos e o assunto também foi abordado, com o clube pedindo reforço da segurança do lado de fora do estádio. Guilherme Mendes anda disse que o assunto consta na ata da reunião e que o Cruzeiro informou a PM durante a semana.
O clube ainda não fez o levantamento sobre os prejuízos por causa da confusão e o cancelamento da festa. O certo é que a diretoria não realizará mais nenhum outro tipo de celebração popular por causa do título brasileiro.
A Polícia Militar ainda não tem um balanço oficial sobre a confusão. Está sendo realizado um boletim de ocorrência com os relatos da confusão que será encaminhado ao Ministério Público ainda nesta segunda-feira. Números ainda não oficiais dão conta de que 50 pessoas foram detidas e cinco militares ficaram feridos. Foram feitos 28 boletins de ocorrência envolvendo a partida.
O Ministério Público, por meio da assessoria de imprensa, disse que se pronunciará sobre o assunto somente quando for comunicado oficialmente pela Polícia Militar. Assim que receber o balanço, o órgão vai apurar os fatos e poderá agir com rigor para penalizar as torcidas organizadas Máfia Azul e Pavilhão Independente, que já se envolveram em outros atos de confusão como no clássico contra o Atlético-MG e no jogo contra o São Paulo, ambos pelo Brasileirão.

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