segunda-feira, 2 de dezembro de 2013


Farc convidam Maradona e outros jogadores para disputar Jogo pela Paz em Cuba



Havana, 2 dez (EFE).- As Farc convidaram nesta segunda-feira o astro argentino Diego Armando Maradona e outros famosos ex-jogadores latino-americanos para participar em Havana de uma partida com os negociadores da guerrilha em apoio ao processo de paz colombiano.

"Vamos pedir ajuda a Maradona para que nos acompanhe, venha jogar conosco para que possamos finalmente alcançar uma paz que não existe há décadas", disse perante a imprensa o número dois da guerrilha colombiana e seu chefe negociador, "Ivan Márquez", conhecido como Luciano Marín Arango.

Na semana passada, o ex-jogador colombiano Carlos Valderrama sugeriu aos meios de comunicação colombianos a possibilidade de um jogo de futebol com as Farc em favor da paz, uma proposta que foi aprovada pela guerrilha em carta divulgada no sábado.

"Acho que seria uma boa contribuição para o povo colombiano e também em nível internacional, já que brinda sem reservas o respaldo que necessitamos para encontrar a paz e a reconciliação da família colombiana", disse nesta segunda-feira "Ivan Márquez".

O chefe guerrilheiro propôs que nessa partida participem, além de Maradona, ex-futebolistas famosos como o paraguaio José Luis Chilavert, o chileno Ivan Zamorano, o equatoriano Álex Aguinaga e o boliviano Marco Antonio Etcheverry, entre outros.

Márquez assegurou que os negociadores das Farc já estão "treinando" para essa "crucial partida" que a guerrilha quer que seja disputada em Havana, embora antes tenha que falar com seus anfitriões cubanos "para ver as possibilidades que teríamos para realizá-la".

Márquez fez estas declarações antes de uma nova jornada das negociações de paz com o Governo de Juan Manuel Santos, atualmente centradas no debate do tema das drogas ilícitas.

A guerrilha colocou hoje perante a imprensa dez propostas mínimas sobre "política antidrogas para a soberania e o bom viver dos pobres do campo".

Concretamente, as Farc reivindicam que a política antidrogas da Colômbia seja "integral, soberana, democrática e participativa" e que seja orientada "aos pobres do campo e aos consumidores".

Entre outros coisas, a guerrilha propõe a substituição dos usos ilícitos dos cultivos de coca, maconha e papoula mediante programas de desenvolvimento alternativo; a suspensão imediata de aspersões aéreas com substâncias como o glifosato; a desmilitarização das política antidrogas e o "não intervencionismo imperialista".

As Farc também defendem que a política contra o flagelo das drogas desmonte as estruturas narco-paramilitares no país e que sejam perseguidos os envolvidos no processo econômico do narcotráfico.

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