quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Com pênaltis e 'ajuda' a Jardel, Grêmio celebra Mundial de 83 com festa



Marinho Saldanha
Do UOL, em Porto Alegre
  • Lucas Uebel/Divulgação/Grêmio FBPA
    Jardel (16) comemora gol em jogo do Grêmio que celebrou título de 83 nesta quarta, na Arena Jardel (16) comemora gol em jogo do Grêmio que celebrou título de 83 nesta quarta, na Arena

    • Foi muito mais festa do que jogo. De um lado, uma seleção de torcedores e ex-jogadores do Grêmio, do outro, a base do time campeão mundial de 1983. Mas depois, tudo se misturou, jogadores trocaram de time e o que importou realmente foi unir a história do Tricolor com o futuro no campo da Arena. Para celebrar 30 anos do Mundial, o jogo realizado nesta quarta teve carrinho e cartão amarelo para Dinho, pênalti perdido e 'ajudinha' para gol de Jardel, grandes defesas de Mazaropi, pintando quadro ainda vivo na memória dos aficionados.
      Foram cerca de 800 presentes. Nas cadeiras da Arena, a maioria sequer era nascida na conquista maior da história centenária do Grêmio. Mas os feitos de Renato Gaúcho [que não esteve presente], Baidek, Mazaropi, China, Tarciso e companhia foram passados de geração para geração. Nesta quarta, os mais jovens viram em campo a mesma técnica, mesmo que o tempo tenha desacelerado até os mais velozes.
      Do outro lado também havia craques. Arilson, Carlos Miguel, Dinho, todos presentes na conquista da Libertadores de 1985. Patrício, Rodrigo Mendes, também ex-jogadores do time, entre outros.
      Aposentados a menos tempo, o time com base de 95 logo abriu vantagem. Arilson marcou. Em seguida, o placar ficou ainda maior com gols de Magno e Tefo. Não sem antes uma série de defesa de Mazaropi arrancar aplausos dos torcedores.
      Mas aí veio a 'ajuda'. O árbitro assinalou um pênalti duvidoso a favor da equipe de 83, que a essa altura já estava reforçada por Paulo Nunes e Jardel, ataque de 95. Foi para cobrança o centroavante renomado goleador que marcou carreira tanto no Brasil quando na Europa. Mas errou. Jardel colocou para fora.
      Para evitar lamentação dos aficionados, o árbitro agiu novamente. Mais um pênalti foi marcado e para delírio dos presentes. Na segunda chance, Jardel marcou. Foi uma alegria só para o atual jogador do futebol de várzea que está visivelmente longe de quem balançou as redes tantas vezes no passado.
      Para defender sua equipe, Dinho fez o que melhor fazia quando profissional: deu carrinho. Em uma escapada pela direita de sua defesa, o ex-volante parou oponente o arremessando alguns metros para frente. Foi aplaudido pela torcida, levou amarelo.
      Em seguida, todos os mais jovens foram colocados no time que perdia. E a pressão se formou. Até que Lambarí, duas vezes, igualou o jogo. Tão logo, saiu o gol, o árbitro encerrou a partida.
      Independente da ajuda, dos pênaltis, das trocas que confundiram qualquer um que assistisse o jogo, o que ficou da tarde de quarta-feira na Arena do Grêmio foi a saudade de feitos memoráveis, glórias do passado, vitórias que os gremistas de hoje e do futuro esperam ver repetidas com outros protagonistas.

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