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Pelé duvida que Bom Senso FC promova greve: “Vão ter cabeça”

Rei do Futebol se mostra cético com ações do grupo que pretende melhorar o futebol brasileiro

Por Gazeta Press 22/11/2013, às 09h13

Pelé não é um entusiasta do Bom Senso FC / Crédito: Gazeta Press

Pelé já declarou que não acredita no sucesso do Bom Senso FC, movimento criado para exigir mudanças no calendário do futebol brasileiro e garantias financeiras por parte dos clubes. Aliado da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) em ações voltadas para a Copa do Mundo de 2014, ele também é contrário às medidas mais drásticas que o grupo de jogadores ameaça adotar.
"Não acho que haverá greve. Os jogadores vão ter um pouco de cabeça e não vão querer complicar", comentou Pelé, franzindo a testa ao ouvir sobre o Bom Senso FC. Há duas semanas, o Rei já havia apostado que a união de atletas não teria "repercussão nenhuma" e não mudaria "nada".
De fato, o Bom Senso FC não alcançou os seus objetivos nas negociações que teve com a CBF. Insatisfeitos, jogadores da série A do Campeonato Brasileiro ficaram de braços cruzados para protestar no primeiro minuto das partidas da 34ª rodada. O gesto repercutiu bastante.
Para Pelé, no entanto, a classe de jogadores deve priorizar o sucesso da realização do Mundial de 2014 ao invés de suas demandas. "Infelizmente, estamos preocupados, pois bom senso é o que está faltando no momento. Existem muitas reivindicações, falta de consciência, e as informações saem truncadas. Não temos bom-senso nem tempo para avaliar o que exatamente acontece", declarou, confuso sobre o assunto.
O Rei do Futebol aproveitou o seu desabafo até para se defender de uma crítica que sofreu no meio do ano, durante a Copa das Confederações. "Eu mesmo fui vítima da falta de bom senso. Quando falei que os brasileiros não deveriam vaiar, como fizeram com o Neymar, fui mal-entendido. Disseram que o que eu queria era que acabassem as greves no Brasil. Não tem nada a ver. Isso também é falta de bom senso", protestou Pelé, sem deixar de ser contrário às manifestações políticas em época de Copa do Mundo.