segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Em clássico eletrizante, Vasco reage e arranca empate do Botafogo no Maracanã

Não foi bom para ninguém. Mas valeu pelo clássico eletrizante...

  • Atualizado: 20/10/2013 | Por ESPN.com.br- espn.com.br

Em clássico eletrizante, Vasco reage e arranca empate do Botafogo no Maracanã
Não foi bom para ninguém. Mas valeu pelo clássico eletrizante. Após entrar com o time quase todo reserva e abrir 2 a 0 no placar, o Botafogo acabou surpreendido pelo Vasco no segundo tempo, cedeu o empate e quase levou a virada em cobrança de falta de Juninho, aos 48 minutos do segundo tempo, em defesa magistral de Jefferson. Com o resultado de 2 a 2, o Botafogo perdeu a chance de ultrapassar o Atlético-PR na tabela, chegou aos 50 pontos e permaneceu em quarto lugar. Já o Vasco viu sua situação piorar, ao chegar aos 33 pontos, na zona de rebaixamento, e ficar a três pontos do Bahia, primeiro time fora da zona de degola.
Oswaldo de Oliveira surpreendeu. Ao anunciar a escalação, o Botafogo mandou a campo apenas três titulares em campo: Jefferson, Edílson e Lodeiro. A ideia foi poupar atletas como Seedorf e Rafael Marques, fora até do banco de reservas, para o confronto decisivo diante do Flamengo, quarta-feira, pela Copa do Brasil. Recheado de garotos da base e jogadores pouco utilizados, ele formou uma trinca de ataque comandada por Lodeiro, com Sassá e Hyuri pelas pontas. Com a derrota do Atlético-PR para o Goiás minutos antes, o time tinha a chance de atingir a terceira colocação em caso de vitória.
Já o Vasco, em crise e na zona de rebaixamento, entrou pressionado por uma vitória no clássico após a invasão de integrantes de torcida organizada ao vestiário no treino da última sexta-feira. Jogadores como Juninho, Fagner, John Cley e Wendel amargaram a reserva. Com 32 pontos, o time tinha de torcer por um tropeço do Coritiba diante do líder Cruzeiro, além da vitória no Maracanã, para deixar a degola.
Na próxima rodada, o Botafogo recebe o Atlético-MG, domingo, no Maracanã, enquanto o Vasco vai até Campinas enfrentar a Ponte Preta, também integrante da zona de rebaixamento, com 30 pontos.
O jogo
O torcedor que ainda estava subindo uma das rampas do Maracanã ou deu uma rápida escapada ao banheiro provavelmente nem acreditou ao voltar para a arquibancada. Com cinco minutos de jogo, o Botafogo abriu o placar. Cruzamento na área, Diogo Silva furou a saída de bola. Na sobra, a bola caiu nos pés de Dankler pela esquerda, que ajeitou e bateu cruzado. 1 a 0.
A torcida do Botafogo ainda tremulava bandeiras na arquibancada e os vascaínos tentavam algum grito para estimular o time quando a rede, de novo, balançou. Praticamente na saída de bola, Lodeiro arrancou pelo meio de campo e chutou, com força. Diogo Silva bateu roupa feio e deu rebote nos pés do uruguaio, que não deu perdão. Canhota na bola, que morreu no fundo da rede. Botafogo 2 a 0.
Estupefata com o que acabara de assistir no Maracanã, a torcida do Vasco passou a se dedicar a apenas um passatempo no restante do primeiro tempo: vaiar insistentemente o goleiro Diogo Silva a cada toque dele na bola. Cientes do momento de desamparo do arqueiro, os jogadores do Botafogo passaram, então, a arriscar chutes de longe. De qualquer lado, com qualquer força. Bola próxima à área, ela rumava para o gol de um inseguro Diogo Silva.
Aos dez minutos, Gegê avançou pelo lado esquerdo e soltou o pé, mas o goleiro conseguiu espalmar para escanteio. Ainda atordoado, o Vasco tentou colocar a bola no chão e partir para o ataque. Aos 14 minutos, em boa jogada de Marlone, Montoya recebeu pelo lado esquerdo e bateu forte. A bola bateu no lado de fora da rede de Jefferson e serviu para que muitos vascaínos, em vão, comemorassem o gol que não ocorreu.
Com o jogo lá e cá, o ritmo diminuiu, o Botafogo ficou mais preso ao ataque para chamar o adversário e sair para o ataque em velocidade. Mas só mesmo aos 31 minutos as torcidas se manifestaram após cobrança de escanteio bisonha de Edílson, que mandou a bola bem próxima das cadeiras inferiores ao chutar o chão.
O Vasco passou a apostar mais nas bolas paradas. Aos 24 minutos, Marlone cobrou falta na área e Cris cabeceou forte, mas Jefferson, bem posicionado, fez boa defesa. Em seguida, o zagueiro vascaíno subiu bem na grande área adversária após cobrança de falta caprichada, mas a bola passou por cima do gol do Botafogo.
Com a vantagem confortável de 2 a 0 no placar, o Botafogo buscava o ataque com tranquilidade. Mal posicionada e parecendo até desentrosada, a defesa vascaína se virou como pôde para cortar cruzamento caprichados de Hyuri pelo lado direito. Sem maiores emoções, o primeiro tempo chegou ao fim.
No segundo tempo, Dorival Júnior modificou o Vasco. Sacou Fillipe Soutto e Montoya para as entradas de Juninho e Thalles. Além da qualidade do camisa 8, o time ganhou também em atitude. Empurrado pela torcida, o Vasco decidiu ir para o tudo ou nada e pressionar o Botafogo.
A bola passava necessariamente pelso pés de Juninho, que lançava, passava e chutava. Aos sete minutos, ele cobrou escanteio no capricho, mas a zaga alvinegra afastou. Um minuto depois, a reação. Juninho, de novo, cobrou escanteio com perfeição. Jomar subiu mais do que os adversários e mandou, de cabeça, para o fundo da rede de Jefferson. 2 a 1.
O resultado inflamou o lado vascaíno da arquibancada e, também, o time. Os jogadores passaram a dar carrinho até na sombra. Oswaldo de Oliveira sentiu o melhor momento do Vasco e sacou Octávio, um meia, para a entrada de um volante, Renato. Nem assim o time conseguiu conter o ímpeto vascaíno.
Mais presente e vibrante na partida, o Vasco continuou em cima do rival. De tanta pressão, o empate seria inevitável. Novamente, com o início da jogada em um escanteio cobrado por Juninho. O camisa 8 caprichou na batida, mas a bola foi interceptada. No rebote, Juninho deu corte seco em Edílson e cruzou de esquerda para a grande área. Pedro Ken se atencipou à zaga e tocou para o fundo da rede. 2 a 2.
A arquibancada vascaína se inflamou ainda mais, impulsionando o time. O Vasco continuou mais presente no ataque, mas o time do Botafogo, quase todo reserva, passou a segurar a bola, em busca do ponto conquistado. O Botafogo, ainda assim, perdeu boas chances com Hyuri e Daniel, em chutes defendidos por Diogo Silva. Willie, nos acréscimos, mandou a bola para a linha de fundo. Aos 48 minutos, a virada vascaína esbarrou nas mãos de Jefferson, que fez linda defesa em cobrança de falta de Juninho. Fim de jogo e empate ruim para os dois no Maracanã.


FICHA TÉCNICA:
BOTAFOGO 2 X 2 VASCO
Local: Maracanã, no Rio de Janeiro (RJ)
Data: 20 de outubro de 2013
Hora: 18h30
Árbitro: Wilton Pereira Sampaio (GO)
Assistentes: Fabricio Vilarinho da Silva (GO) e Rafael da Silva Alves (RS)
Público e renda: 9.795 pagantes / 15.152 presentes / 1.320 cativas / 3.809 gratuidades / R$ 518.430,00
Cartões amarelos: Jomar e Nei (VAS)
Gols: Dankler (BOT), aos cinco minutos, Lodeiro (BOT), aos seis minutos do primeiro tempo; Jomar (VAS), aos oito minutos e Pedro Ken (VAS), aos 22 minutos do segundo tempo.
VASCO: Diogo Silva; Nei, Jomar Cris e Yotún; Fillipe Soutto (Juninho), Sandro Silva, Pedro Ken e Montoya (Thalles); Marlone e Willie
Técnico: Dorival Júnior
BOTAFOGO: Jefferson; Edílson, Dankler, André Bahia e Lima; Lucas Zen, Gegê e Octávio (Renato); Hyuri (Daniel), Lodeiro e Sassá (Bruno Mendes).
Técnico: Oswaldo de Oliveira

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