Igor Sales/Cruzeiro/Divulgação |
No mesmo dia em que o Cruzeiro divulgou aprovação do balanço das suas contas, a atual gestão viu um pequeno grupo de conselheiros se manifestar contra as informações apresentados, pedindo a saída de toda a cúpula comandada por Sérgio Santos Rodrigues.
A manifestação acontece na data em que o Conselho do clube vai se reunir para aprovar ou reprovar as contas, que tiveram ok de auditoria contratada com esta intenção.
O documento do 'Grupo Independente' é assinado por Luiz Carlos Rodrigues Filhos e conta com outros três membros do Conselho. Eles contestam os números apresentados e fazem acusações contra Santos Rodrigues.
"São pedaladas fiscais a nos iludir. Esse balanço é esdrúxulo, o relatório é fajuto, tudo balela. Merece ser reprovado. Chega! Se fosse na iniciativa privada, o presidente e a mesa do conselho estariam demitidos e respondendo pela má-gestão. Agem de má fé. Utilizam de manobras (pedaladas) para diminuir o exorbitante déficit de R$180 milhões. E não levam a sério o risco de insolvência. Falta a eles, realidade", informa o documento.
"Gastou-se duas vezes mais do que o arrecadado. E gastou-se mal. R$250 milhões com o futebol e temos um time série B. Pasmem, fechamos 2020 com 83 jogadores. E 35 atletas romperam seus contratos. Fora a desvalorização dos direitos econômicos, nosso principal ativo. R$25 milhões de despesas administrativas. 20% do faturamento! Como assim?", protestam, pedindo o impeachment do presidente.
Confira abaixo o documento na íntegra:
"Genocídio sim... estamos perdendo torcedores. Estamos cada vez mais desacreditados. E não há saída para o futebol, senão pelos verdadeiros Cruzeirenses (torcedores). Que são conclamados, a todo o momento, mas alijados da aprovação das contas. O link da reunião é pessoal e o Conselheiro que divulgar corre os riscos previstos no Estatuto. Estatuto este, atropelado a todo momento por essa atual diretoria. E pedaladas fiscais a nos iludir. Esse balanço é esdrúxulo. Relatório fajuto. Balela. Merece ser REPROVADO.
Premente a abertura de processo de impeachment contra a Presidência e sua Mesa Diretora. Chega! Se fosse na iniciativa privada, o Presidente e a Mesa do Conselho estariam demitidos e respondendo pela má-gestão. Dúvida nenhuma. Presidências despreparadas. Má fé. Utilizam de manobras (pedaladas) para diminuir o exorbitante déficit de R$180 milhões. E não levam a sério o risco de insolvência. Falta a eles, realidade.
Gastou-se duas vezes mais do que o arrecadado. E gastou-se mal. R$250 milhões com o futebol e temos um time série B. Pasmem, fechamos 2020 com 83 jogadores. E 35 atletas romperam seus contratos. Fora a desvalorização dos direitos econômicos, nosso principal ativo. R$25 milhões de despesas administrativas. 20% do faturamento!
Como assim? O caixa é zero. Atrasos salariais constantes. Aumento do passivo da ordem de 164 milhões, e as piores dívidas ainda estão por vir.
Nos engabelam com a redução do passivo circulante de R$680 para R$380 milhões e se vangloriam do perfil da dívida, que aumentou de R$207 para R$670 milhões de reais, alongada por grande prazo. Tivemos um superávit apenas no mês de outubro, quando computado o acordo com a PGFN.
Temos dívida de R$128 milhões junto a bancos privados, com juros exorbitantes, dívidas de R$50 milhões com pessoas físicas / jurídicas não financeira (Pedro BH) que merecem uma maior atenção (também pela Receita Federal), e não se protege as dívidas atreladas a outras moedas.
Faturas em aberto na ordem de R$163,5 milhões em obrigações trabalhistas e sociais, R$16,3 milhões em obrigações fiscais correntes, R$217,6 milhões em obrigações fiscais e sociais parceladas, R$158,2 milhões em provisão para contingências, R$11,3 milhões em fornecedores e R$201,8 milhões em “contas a pagar”.
Somados, os valores correspondem a R$1,052 bilhão, porém descontado R$155 milhões das “receitas a apropriar”, faz a dívida fechar em R$897 milhões. São R$312 milhões com vencimento em até um ano (incluindo salários atrasados) e R$585 milhões superiores a 12 meses. Amadorismo, estrelismo, vaidade e arrogância são marcas desta diretoria.
Não há meta. Como vamos virar empresa SAF? Quem investiria nessa empresa? Qual a expectativa de pagamento da dívida? Promessas em vão, foram feitas. Que ilegítima essa administração. Fora apresentada, solução para tudo. Com muita convicção e eloquência. Sabiam, oficialmente, da realidade financeira. E o marketing a bradar o “céu de brigadeiro”... sem crise. Com a mesma prepotência. Festival de mentiras, omissões e desrespeito ao Estatuto pela Mesa Diretora.
Convoca-se a reunião ordinária, mas não encaminham o balanço. Vergonha. Aliás, faz a análise de forma fracionada: Conselho Gestor, até outubro de 20 e por fim, o consolidado. E creditam a Consultoria... Justificam a pandemia para tudo: para o bem e para o mal. Ora o virtual é considerado. Ora não. Antes, a exposição dos Conselheiros contava. Agora não... Onde está a transparência? Precisamos de “projeto”, de ética, de transparência e de democracia, consolidada sob pilares rígidos, a suportar a grandeza de nossa Instituição vitoriosa, e que não se sujeite a pessoas e ações, incompatíveis com nossa história".
>> O Tempo
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