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| Foto: Vinnícius Silva/Cruzeiro |
“Estou recebendo tanta mensagem horrorosa. Perguntando sobre gratidão. Tem de fazer com todos, ou não faço com ninguém. Vamos enfrentar e fazer, enquanto podemos fazer. Foram os atos que mais me doeram assinar. São pessoas de quem gosto, conheço as famílias, em alguns casos, mas o Estatuto é claro que se perde o cargo. Não é uma possibilidade. É uma norma impositiva. Por que essas pessoas fizeram isso?”, revela Dalai.
O dirigente reforça que não cabia a ele participar do processo que resultou nessas expulsões e que tudo correu sem interferências e dentro da lei: “Foi oferecido o direito de defesa a todos eles. Tanto que dois apresentaram argumentos válidos e seguem no Conselho. Inclusive, estou escrevendo agora um artigo e o título dele é: Justiça para todos?”.
O presidente cruzeirense, que foi juiz, conta sua atuação no interior do Estado e sua postura em relação ao cargo. “Quando começava numa cidade, tinha filhos jovens, sempre tomava um café com o delegado e avisava a ele, que qualquer confusão em que eles estivessem envolvidos, queria que fossem os primeiros a ser presos, e os últimos soltos. Graças a Deus, isso nunca aconteceu, pois meus filhos nunca me deram problema, e isso porque aprenderam em casa”, conta o presidente cruzeirense.
Ressarcimento
A expulsão do Conselho é a única punição imposta aos conselheiros que receberam da última diretoria do clube. O ressarcimento dos valores não é possível, pois segundo Dalai “eles, pelo menos teoricamente, prestaram serviços”.
O dirigente revela que é diferente das irregularidades que estão sendo apuradas. “Não é ato de má fé. Para esses, o Estatuto prevê sim o ressarcimento. E isso está sendo investigado. A Kroll deve apresentar resultados em breve. Tem uma cláusula de confidencialidade que não podemos dar informação nenhuma, mas o que a gente mais anseia é o resultado. O Cruzeiro foi assaltado. A Polícia Civil e Ministério Público também estão trabalhando. Agora, tudo está mais difícil, mas teremos resultado”, afirma o mandatário celeste.
Neste momento de crise do Cruzeiro, Dalai relata que tem recebido muitas mensagens, antes mesmo da decisão de assinar a expulsão dos conselheiros. “Recebo e-mails me chamando de velho safado, mandando voltar para o asilo, de onde nunca deveria ter saído. Estamos lutando para deixar o Cruzeiro melhor do que encontramos. Temos várias vertentes. Tudo o que quero é isso. Voltar para o meu asilo. Mas antes precisamos tratar o futuro do Cruzeiro com seriedade”, afirma o dirigente.
Hoje em Dia

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