quarta-feira, 28 de agosto de 2019

Minas registra mais de 8 mil casos de sífilis neste ano e secretaria alerta para a prevenção

Fernanda Mafra / Prefeitura de Olinda / Divulgação
Hoje em Dia

A Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) alerta para o crescimento no número de casos de sífilis em Minas Gerais e em todo o país. No Estado, foram registradas 8.235 notificações da doença em 2019. No ano passado, foram 14.842 casos de sífilis adquirida.

Segundo a pasta, a sífilis é uma perigosa Doença Sexualmente Transmissível (DST), provocada pela bactéria Treponema pallidum, e o uso da camisinha é o meio mais eficaz na prevenção. Além de oferecer preservativos de forma gratuita, o Sistema Único de Saúde (SUS) também providencia exames para diagnóstico e tratamento necessário.

“O aumento do número de casos de sífilis na atualidade pode ser atribuído à ampliação do diagnóstico por meio da testagem rápida na atenção primária. No entanto, também há a ocorrência da redução do preservativo nas relações sexuais, que consiste na principal forma de prevenção da doença”, afirma a Coordenadora de IST/Aids e Hepatites Virais da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), Mayara Marques.

A sífilis adquirida traz sérias complicações para a saúde humana. É caracterizada por feridas nos órgãos genitais, erupções pelo corpo e nas mucosas, danos no cérebro, medula espinhal e vasos sanguíneos.

Gestantes

No caso de gestantes, o cuidado deve ser maior, pois há a probabilidade de a doença ser transmitida para o feto, principalmente entre a 16ª e a 28ª semana de gestação. Este ano, o Estado registrou 2.514 casos da doença em gestantes – em 2018, foram 5.498 notificações em mulheres grávidas.

O contágio ocorre com mais periodicidade no período intrauterino, mas também pode acontecer no parto, se houver lesão ativa. Por isso, é imprescindível que a gestante realize todas as consultas e exames do pré-natal. O teste para o diagnóstico da doença é feito na primeira consulta, no 3º trimestre da gestação e no momento do parto. Caso o exame detecte a presença da bactéria, a gestante é logo encaminhada ao tratamento.

Se não houver tratamento adequado, a doença pode ser transmitida para o bebê durante a gestação, provocando a sífilis congênita. Em 2018, Minas Gerais registrou 2.433 casos da sífilis congênita. Em 2019, até o momento, foram 1.336 notificações.

Sintomas

Os sintomas da doença variam de acordo com o estágio em que ela se encontrar no organismo no indivíduo. Em sua primeira fase é caracterizada por uma úlcera, geralmente única, que ocorre no local de entrada da bactéria (pênis, vulva, vagia, colo uterino, anos e boca).

Já a fase secundária, surge em média entre seis semanas e seis meses após a infecção. Nesse caso, podem ocorrer erupções cutâneas. A fase terciária manifesta-se na forma de inflamação e destruição tecidual. Nesse caso, é comum o acometimento do sistema nervoso e cardiovascular.

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