01/02/2019

Primeiro LIRAa de 2019 registra índice de 7,8% para infestação do Aedes aegypti em Valadares

Levantamento aponta grande infestação do mosquito em Valadares — Foto: Ana Clara Marinho/TV Globo

Em Timóteo, no Vale do Aço, o índice foi superior ao registrado em Fabriciano, Ipatinga e Santana do Paraíso; para combater a proliferação do mosquito prefeituras apostam na prevenção e ações educativas


O primeiro Levantamento do Índice Rápido de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa) de 2019 em Governador Valadares registrou 7,8%, considerada situação de risco de epidemia. O número representa uma queda em relação ao mesmo período de 2018, que havia registrado 10,9%, mas ainda continua distante do recomendado pelo Ministério da Saúde, que é de 1%.

Os bairros da cidade com o índice mais elevado permaneceram os mesmos do último LIRAa. A Ilha dos Araújos foi um dos locais com a maior taxa de infestação, com 13,4%, seguido dos bairros Vila Bretas, Morada do Acampamento, Vila Mariana, Nossa Senhora de Lourdes e São Geraldo. Já os bairros com os menores índices foram Jardim Alice, JK, São Paulo, Santa Terezinha e São Tarcísio, com 2,2%.

O levantamento também apontou que os principais locais de foco foram encontrados em residências, geralmente em ralos destampados (41,70%), armazenamento incorreto de água (19,2%) e pratos de plantas (21,7%). Segundo o coordenador do Centro de Arboviroses da cidade, José Batista, além das altas temperaturas e geografia da região, a falta de cuidado com locais que podem ser focos do mosquito também é um fator de consequência do índice.

“A forma como os ralos são construídos em Valadares, de alvenaria, deixa a água disponível o ano todo para a proliferação do mosquito. A gente precisa que os moradores selem esses ralos ou joguem água fervendo uma vez por semana”, informou.

Ações de combate ao mosquito
João Batista também informou que a prefeitura tem trabalhado com prevenção e vistorias desde o ano passado, além da capacitação dos servidores realizada desde a atenção básica para que orientem a população quanto aos riscos e impactos que estas doenças podem provocar. “Estamos fazendo vistoria em pontos estratégicos de locais como borracharias, ferro-velho, bem propícios para a proliferação do mosquito, de 15 em 15 dias. Estamos com o carro do fumacê, diariamente nas ruas, nos locais que foram identificados as arboviroses e também com base no LIRAa. Além de vistorias nas caixas d'água".

Vale do Aço

No Vale do Aço, entre as cidades que divulgaram o LIRAa, Timóteo é uma das que possuí o maior índice, com 6,5% de infestação. Os dados do levantamento foram informados pela prefeitura também nesta sexta-feira. O resultado da amostra, recolhida em 20% das residências do município em janeiro, está acima do último índice registrado em 2018, que foi de 4,2%.

Em Santana do Paraíso o índice ficou em 3,1%, valor é considerado de médio risco de infestação de acordo com as recomendações do Ministério da Saúde. A maior infestação foi na região Central, onde alguns bairros chegaram a registrar índice de 6.1%.

No caso de Ipatinga, o LIRAa foi de 3,6%. Alguns bairros apresentaram índices considerados em situação de surto, como: Esperança e Ideal (5,3%), seguidos de Imbaúbas, Bom Retiro, Bela Vista, Das Águas, Cariru, Castelo, Vila Ipanema, Centro e Novo Cruzeiro (4,4%), Veneza, Bom Jardim, Ferroviário e Horto (4,3%).

G1 dos Vales

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