segunda-feira, 21 de outubro de 2013

São Paulo firma compromisso, negocia com clubes e põe fim a boicote na base

O boicote ao São Paulo após as acusações de suposto aliciamento de atletas nas categorias de base está encerrado...

  • Atualizado: 21/10/2013 | Por Marcus Alves, do ESPN.com.br- espn.com.br

São Paulo firma compromisso, negocia com clubes e põe fim a boicote na base
O boicote ao São Paulo após as acusações de suposto aliciamento de atletas nas categorias de base está encerrado. Em carta enviada à federação paulista na última quinta-feira, o presidente tricolor Juvenal Juvêncio assumiu o compromisso de não negociar mais com jogadores menores de 16 anos de outros clubes antes de procurá-los.
Veja o documento na íntegra obtido pelo ESPN.com.br
O ESPN.com.br teve acesso com exclusividade ao documento endereçado ao presidente da federação Marco Polo Del Nero, ao vice Reinaldo Carneiro de Bastos e ao vice de finanças Rogério Langanke Caboclo (veja mais abaixo).
Com o fim da briga nos bastidores, a próxima edição da Copa São Paulo não corre mais o risco de ser esvaziada.
No início do mês, dirigentes de dez times responderam ao convite da organização condicionando a participação no campeonato à exclusão da equipe do Morumbi. Num primeiro momento, aderiram ao movimento os quatro grandes do Rio de Janeiro (Flamengo, Fluminense, Botafogo e Vasco), os três de Minas Gerais (Cruzeiro, Atlético-MG e América-MG), Vitória, Sport e Coritiba. Outros como Corinthians, Santos e Goiás sinalizaram positivamente mais adiante.
A revolta dos clubes se intensificou recentemente com a transferência do goleiro Lucão, 15 anos, da Ponte Preta para o São Paulo antes do Mundial Sub-17. Portuguesa e Bahia também reclamaram de assédio sobre seus garotos na mesma época. No primeiro semestre, já haviam sido registrados diversos casos semelhantes.
Em resposta à postura tricolor na base, as equipes chegaram a organizar um boicote em outras duas competições importantes do calendário, a Taça BH e a Copa 2 de Julho. A presença de seleções brasileiras no CT de Cotia também foi alvo de contestação dos times.
As diferenças em relação aos dirigentes são-paulinos foram colocadas na mesa no último dia 7, em reunião convocada pela federação paulista em sua sede com ambas as partes após a entidade fracassar em sua tentativa de 'enfraquecer' o movimento. Na ocasião, não se chegou a um acordo, mas pela primeira vez desde que as acusações de aliciamento surgiram o clube do Morumbi aceitou conversar a respeito.
Além de recuar e firmar o compromisso de negociar com os demais times antes de qualquer contratação, o São Paulo também atendeu aos apelos e está em contato com a Ponte Preta e a Portuguesa para um acordo pela ida de seus atletas para Cotia.
As negociações para o final do imbróglio tiveram mediação do presidente do Vitória, Alexi Portela, uma figura que vem se sobressaindo ultimamente nos bastidores como parte da comissão para tratar da dívida das equipes com a União e também no trabalho para fortalecer a Liga do Nordeste.
Em contato com a reportagem na última sexta-feira, o assessor da presidência tricolor, José Francisco Mansur, alegava ter recebido até então apenas as atas das reuniões do movimento e não o código de ética criado ainda em 2012, em iniciativa do ex-coordenador da CBF Ney Franco e que vem pautando o comportamento dos clubes na base.
O prazo para o envio de resposta do São Paulo finalizava nesta segunda-feira. O próximo encontro dos dirigentes está marcado para novembro, em Porto Alegre, e o time paulista deve marcar presença.

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