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A fundadora do grupo Magazine Luiza, Luiza Trajano Donato, morreu na madrugada desta segunda-feira, em Franca (SP), aos 97 anos. De acordo com informações da TV Globo, ela morreu de causas naturais em casa. As lojas da Magazine em Franca não abriram nesta segunda em luto.
A Magazine Luiza hoje é comandada pela sobrinha de Luiza Trajano, a empresária Luiza Helena Trajano.
O velório de Luiza Trajano está previsto para ocorrer a partir das 10h no velório São Vicente, em Franca, desta segunda.
Nascida em 20 de setembro de 1926, no município de Cristais Paulista, em São Paulo, Luiza Trajano Donato foi conhecida por ter sido uma vendedora popular em Franca (SP). Foi lá que ela fundou, junto ao marido em 1957, a primeira unidade da rede que tornou-se uma das maiores varejistas do país.
"Aos 31 anos, recém-casada com Pelegrino José Donato, seu companheiro de toda a vida, investiu a economia feita ao longo de anos de trabalho no varejo para comprar seu próprio negócio. A Cristaleira, uma loja de presentes localizada no centro de Franca, logo seria rebatizada pelos fregueses de Magazine Luiza, em homenagem àquela que era considerada a melhor vendedora da cidade. Nascia, assim, o Magalu, o grande legado deixado por Luiza Trajano Donato", afirma a Magazine Luiza, em nota enviada ao Correio.
Luiza Trajano Donato não teve filhos. Mas durante quase toda a vida dividiu amor, atenção e energia entre o Magazine Luiza e sua família. No início da década de 1990, escolheu uma sobrinha, Luiza Helena Trajano, como sucessora à frente dos negócios. Na época, o Magalu era uma típica rede de varejo de eletroeletrônicos e móveis familiar, com lojas localizadas, principalmente, em cidades de São Paulo e Minas Gerais. Sob o comando de Luiza Helena, hoje presidente do Conselho de Administração, o Magazine Luiza tornou-se uma varejista nacional, de capital aberto e dona de uma das culturas corporativas mais admiradas do país.
Confira a nota do Magazine Luiza:
Muitos dos valores que hoje regem os mais de 30 000 colaboradores do Magalu são reflexo do jeito de pensar e de agir de sua fundadora. Tia Luiza tinha uma energia quase inesgotável para o trabalho. Não importava se a tarefa a ser feita era empacotar um produto ou descarregar um caminhão de mercadorias. Era uma vendedora apaixonada, que conhecia as necessidades, os gostos e as possibilidades de seus clientes. Cada um deles era e deveria ser tratado como alguém especial, como a razão de ser do negócio.
Foi assim que Luiza deu as boas-vindas aos funcionários das primeiras 50 lojas abertas simultaneamente na cidade de São Paulo, em 2008: "Quero pedir a vocês, como boa vendedora que fui, para sempre atender o freguês da melhor maneira possível, sem olhar se ele é branco, preto, pobre, rico, bonito ou feio. Atender com todo carinho, não importa se um esteja usando salto e outro chinelo de dedo. Atender com educação, não tapear o cliente, não mentir de jeito nenhum. Se vocês quiserem crescer na vida, sejam sempre sinceros e honestos."
Com sua narrativa simples, ela sintetizou a missão daquela que é hoje uma das maiores empresas do país: incluir, ao trabalhar para que o maior número possível de brasileiros tenham acesso a produtos e serviços que melhorem suas vidas.
CORREIO BRAZILIENSE
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