Polícia Militar/Divulgação |
Viúva do sargento Roger Dias da Cunha, Ana Clara, guardou, para a filha de 5 meses, a bandeira do Brasil usada para cobrir o caixão do militar no velório nesta terça-feira (9 de janeiro). O tecido, ela explicou, será entregue quando a menina crescer, para mostrá-la "o herói que o pai dela foi". O policial foi assassinado em serviço durante uma perseguição em Belo Horizonte.
"Essa bandeira vai ser para a filha dele. Vou dar quando ela crescer e mostrar para ela o herói que o pai dela foi. O pai incrível que ela teve. Por pouco tempo, mas ele foi incrivelmente maravilhoso", afirmou Ana Clara em um vídeo postado nas redes sociais da Polícia Militar.
A bandeira foi entregue para Ana Clara pelo coronel Rodrigo Piassi do Nascimento, comandante-geral da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG). "Existe uma multidão neste cemitério de policiais e bombeiros lamentando a morte do sargento Dias. Mas podem ter certeza: recuar, a gente não vai", garante.
A cerimônia de despedida ocorreu na tarde desta terça-feira no Cemitério Bosque da Esperança, no bairro Jaqueline, região Norte de Belo Horizonte. O militar teve morte cerebral confirmada no domingo (7), dois dias depois de ser baleado à queima-roupa durante a perseguição.
A perseguição
O sargento Dias e outros militares do 13º Batalhão perseguiram dois criminosos que fugiam de carro pela avenida Risoleta Neves. Durante a fuga, a dupla perdeu o controle do veículo e bateu em um poste. Após o acidente, os criminosos desceram do carro e seguiram a pé.
Um deles foi alcançado pelo sargento Dias. Imagens de câmeras de segurança mostram o momento em que o militar se aproxima do suspeito e dá a ordem de parada, mas é surpreendido pelo criminoso, que saca uma arma e atira à queima-roupa contra o policial.
Os suspeitos
A Justiça decidiu por manter presos os dois homens suspeitos de envolvimento na perseguição. O atirador de 25 anos e um comparsa dele, de 33, tiveram a prisão em flagrante convertida para preventiva em audiência de custódia neste domingo (7).
No sistema do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), O TEMPO encontrou algumas condenações do atirador. Em julho de 2023, ele foi preso após furtar o carro de uma pessoa no bairro Monsenhor Messias, na região Noroeste de BH.
Também foi possível encontrar outra condenação do suspeito que atirou no policial, desta vez por roubo à mão armada, em 7 de setembro de 2017, no bairro Cachoeirinha, também na região Noroeste de BH.
Na decisão, a justiça também ponderou que o suspeito já tinha três condenações, todas pelos crimes de roubo. No dia da prisão, ele estava em liberdade condicional, mas ainda cumprindo pena por um dos crimes passados. Ele também possui passagens por receptação e tráfico de drogas.
O Tempo
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