terça-feira, 3 de outubro de 2023

Ladrão é preso após roubar mais de 60 sanfonas

Um ladrão especializado em sanfonas deixou dezenas de vítimas, principalmente idosas, em cidades do interior de Minas Gerais. Célio Rodrigues de Menezes foi preso há pouco mais de duas semanas, após roubar mais de 60 instrumentos roubados em mais de 30 cidades mineiras.

Célio de Menezes se apresentava como "Zé do Queijo". O criminoso conquistava a confiança das pessoas, pegava emprestadas as sanfonas e nunca mais as devolvia. Quando a estratégia não dava certo, ele recorria à violência e a ameaças. Os crimes ocorreram nos últimos sete anos.

O criminoso se apresentava como um músico em busca de um sanfoneiro para tocar em uma festa local. Usando nomes e referências conhecidas de cada localidade, ele conquistava a confiança das vítimas, principalmente homens idosos, que emprestavam suas sanfonas com boa vontade.

De acordo com o delegado Alfredo Resende Coelho, quando a pessoa não entregava o instrumento, o ladrão usava a força e a ameaça para se apropriar do instrumento.

"Ele acreditava firmemente na impunidade, tanto que muitas vezes ele utilizava de violência, coações e ameaças contra esses idosos", diz o delegado.

A reviravolta na história aconteceu quando a filha de uma das vítimas viu a sanfona do pai sendo anunciada para venda em uma rede social. Graças a fotos antigas e ao reconhecimento das características únicas do instrumento, a sanfona foi recuperada e "Zé do Queijo" foi finalmente desmascarado.

A polícia acredita que os instrumentos roubados por "Zé do Queijo" tinham um destino certo: o Rio de Janeiro. Lá, um receptador revendia ou desmontava as sanfonas para aproveitar as peças antigas, alimentando o ciclo do crime. Os instrumentos eram repassados para os receptadores por valores entre R$ 7 mil e R$ 8 mil.

As sanfonas roubadas não eram apenas objetos materiais; eram parte da cultura e das histórias de muitas famílias mineiras. Em algumas delas, os instrumentos já estavam há mais de seis décadas.

A informação foi dada pelo Fantástico, que procurou a defesa de Célio Rodrigues de Menezes, mas não obteve retorno. 

G1 

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