quarta-feira, 6 de abril de 2022

Mineira presa na Tailândia envia carta à família: "não consigo dormir"

REPRODUÇÃO

“As vezes não consigo dormir à noite porque me preocupo muito muito. Obrigada por se lembrarem de mim” . Este é um dos trechos da primeira carta enviada á família pela mineira Mary Helen Coelho Silva , de 22 anos,  presa  no dia 14 de fevereiro em flagrante na Tailândia com 15,5 quilos de cocaína. 

A carta enviada por autoridades tailandesas foi escrita no dia  28 de março, em inglês, com a ajuda de um tradutor, e endereçada para Mariana Coelho, irmã de Mary Helen. 

A jovem se mostra mais animada após a autorização para manter contato com os parentes por meio da carta. Ela tem expectativa que a família e os amigos possam responder. “Faz-me sentir muito feliz e sorrir todo dia e vou sonhar com vocês. Com amor, Mary Helen”, finaliza.

O advogado Telêmaco Marrace de Oliveira, que acompanha o caso no Brasil, confirmou que a carta foi recebida pela irmã da Brasileira. 

A mineira de Pouso Alegre, Sul de Minas, saiu de casa dizendo para a família que iria  para Curitiba se encontrar com um namorado que havia conhecido pelas redes sociais. Dias depois a irmã recebeu uma mensagem de Mary Helen ,pelo celular, informando que tinha sido presa e pedindo ajuda desesperada. A mineira trabalhava como garçonete em um restaurante na cidade e não tem passagem pela polícia. 

Segundo o advogado o envio da carta foi autorizado porque a Tailândia está com presídios lotados e porque o país está saindo da quinta onda da Covid-19. Cenário que, segundo Telêmaco, dificulta a comunicação dos presos com a família por meio de vídeo conferência porque há necessidade de organizar um cronograma das chamadas.  Logo após ser presa, Mary  Hellen teve Covid e precisou ficar em isolamento. 

A expectativa do advogado é de que em breve, mas ainda sem data, seja marcada a primeira audiência preliminar da mineira. Toda a documentação que comprova o perfil de Mary Hellen,   como trabalhadora, sem passagem pela polícia  e sem envolvimento com o tráfico internacional já foi enviada.  “O papel da defesa do Brasil é informar a Embaixada em Bangkok sobre o perfil da jovem, e isso já foi feito”, explica.

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