Após alta dos combustíveis, autoescolas do Vale do Aço reajustam valores em até 25%

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A alta no valor dos combustíveis refletiu também nos custos para conquistar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) em autoescolas de Ipatinga e Santana do Paraíso, no Vale do Aço.

Segundo o representante da classe, Alexandre Figueiredo de Oliveira, a categoria ficou os últimos cinco anos sem reajustar o preço na região. Com o aumento dos combustíveis, a situação ficou inviável.

"Estamos enfrentando uma redução no atendimento da Ciretran para marcação de exames e, agora, para acabar de complicar, essa guerra da Rússia e Ucrânia. O preço do petróleo extrapolou e chegou ao ponto que ficou insustentável manter o Centro de Formação de Condutores (CFC) funcionando", explicou.

Com isso, o custo das aulas práticas aumentará até 25%. De acordo com Alexandre, cerca de 90% das empresas já repassaram o acréscimo. O restante deverá fazer a alteração a partir desta segunda-feira (14).

"Infelizmente, para a autoescola, o custo maior incide no derivado do petróleo, que são pneu, gasolina, peças, troca de óleo etc.", disse Alexandre.

A empresária Bethânia de Souza Ferreira lembra que as CFC’s precisaram fechar no início da pandemia, o que zerou a demanda, e que os custos com a mão de obra subiram.

“Vem tudo caindo no bolso da empresa, porque tem também os funcionários. O sindicato prioriza e dá o salário base para eles receberem. Eles já tiveram esse reajuste e não tivemos aumento dentro do CFC", afirmou.

Para facilitar ao consumidor, uma das estratégias a serem utilizadas é a de oferecer mais opções de pagamento.

“Algumas [autoescolas] oferecem crediário próprio, financiamento no cartão de crédito, podendo dividir de mais vezes, ou até mesmo por meio de financeiras. O que tiver dentro dos nossos parâmetros para ajudar e manter a população se habilitando, nós vamos fazer. A habilitação é uma porta de emprego, é uma necessidade", concluiu a empresária.

(G1 Vales de Minas Gerais)