quarta-feira, 6 de janeiro de 2021

Dívida do Cruzeiro ultrapassa R$ 1 bilhão; clube divulgou novo déficit nesta quarta

Foto: Bruno Haddad/Cruzeiro

A dívida do Cruzeiro ultrapassa R$ 1 bilhão. É o que o próprio clube admitiu ao divulgar, nesta quarta-feira (6), um balancete trimestral de 2020. Contabilizando os números de janeiro a setembro do ano passado, houve um déficit de R$ 343 milhões.

Como o clube já convivia com uma dívida de cerca de R$ 800 milhões desde 2019, isso significa um débito em torno de 1,2 bilhão.

O documento, assinado pelo presidente do Cruzeiro, Sérgio Santos Rodrigues, detalha os principais efeitos desse resultado negativo no período em questão (confira mais abaixo).

"A administração do clube vem envidando esforços no ponto mais sensível para o clube: fluxo de caixa do clube. Com isso, a administração está reavendo valores de contas a receber que não estavam sendo cobrados, incluindo mecanismos de solidariedade. Além disso, a administração buscou também outras formas de receita, como o lançamento do novo programa para o sócio torcedor, o qual renderam R$ 5,033 milhões aos cofres do clube entre os meses de julho a setembro, além de campanhas para pagamento da Operação Fifa e ações de engajamentos nas mídias socias das quais tivemos retorno de R$ 940 mil”, diz parte do documento.

O clube cita ainda a questão de falta de arrecadação em jogos. “No mês de agosto ocorreu o início do Campeonato Brasileiro Série B, infelizmente sem público pelo fato da pandemia ainda ser uma realidade no nosso meio, mas já nos foram repassados R$ 5 milhões referente a parte da receita ‘cota televisiva ano 2020’. Obtivemos êxito na negociação de atletas no montante de R$ 18 milhões”, completa.

O clube teve um resultado negativo em R$ 343 milhões no período, sendo que os principais efeitos:

R$ 111 milhões como Provisões para contingências;
R$ 52 milhões como variação cambial negativa, por conta dos passivos em moeda estrangeira e a desvalorização do real no período;
R$ 43 milhões de custo líquido de liberação de atletas;
R$ 18 milhões de custo de amortização atletas profissionais;
R$ 11 milhões com atualização de parcelamentos;
R$ 11 milhões de custo de acordos/indenizações de processos judiciais;
R$ 15 milhões de impairment de atletas

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