segunda-feira, 20 de julho de 2020

Santos ameaça ir à comissão de ética da CBF se Everson fechar com o Atlético-MG

Foto: Richard Callis / Estadão Conteúdo
Em quatro dias, o Santos perdeu três jogadores. Yuri Alberto ainda tem contrato até 31 de julho, mas deixou claro que não renovará e deve seguir para o Internacional. Everson não foi ao treino no final de semana, e Sasha repetiu o colega nesta segunda-feira.

O Atlético-MG nega que esteja por trás do pedido de rescisão de contrato do goleiro Everson, mas o presidente José Carlos Peres deixa claro:

- Se ele for para o Atlético, vamos à comissão de ética da CBF - afirmou Peres.

O problema é que a crise santista se espalha e pode alcançar outros jogadores que reclamam dois meses de direitos de imagens atrasados e o depósitos do FGTS. Em teoria, estes dois são os problemas, mas o mal estar nasceu da ruptura com o elenco e do desconto de 70% dos salários durante a pandemia, sem acordo com as lideranças do grupo de jogadores.

- Tudo no futebol é dinheiro - disse Peres.

Seu argumento é de que houve diálogo, mas os atletas reclamam do corte de maneira abrupta e sem negociação. Peres também argumenta que não há corte de 70%, porque metade desse valor descontado será devolvido noventa dias depois da volta aos jogos. O elenco não acredita nisto.

São pelo menos dez jogadores com direitos de imagens atrasados. Depois de Everson e Sasha, há o temor de que Carlos Sánchez, Marinho e Pará sigam o mesmo caminho. Os três treinam como titulares para o jogo contra o Santo André, nesta quarta-feira, na Vila Belmiro.

- Estrou correndo para arrumar o dinheiro - afirmou Peres.

A esperança é pagar os direitos de imagens atrasados ainda nesta segunda-feira. Até mesmo dentro do clube, há quem discuta por que correr para pagar hoje e não na sexta-feira, o que evitaria as ações de Everson e Sasha.

O Atlético-MG garante que não trabalha pela contratação de Everson e alega que o goleiro pretendido por Jorge Sampaoli era o chileno Toselli. No Santos, todos têm convicção de que Everson irá para o Atlético-MG, para trabalhar com Sampaoli, se de fato conseguir a rescisão na Justiça.

Os casos podem causar jurisprudência e provocar pedidos de rescisão também em outros clubes que tiveram cortes de partes do salário durante a pandemia. Talvez só Flamengo, Palmeiras, Athletico e Grêmio não corram nenhum risco.

Informações do Blog do PVC (Globo Esporte)

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