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Para a Sérvia, trata-se de um território de seu país. Para os habitantes locais, no entanto, Kosovo é uma nação soberana, reconhecida por mais de 100 países. Por lá, a maioria dos habitantes é de origem albanesa, e não sérvia. O futebol é o traço de união entre os povos. Mas para um kosovar, sua bandeira é sagrada e é uma questão de honra ter o direito de defendê-la em uma batalha. No caso, em um campo de futebol.
Com a recente liberação, por parte da Fifa, por meio de seu Comitê de Emergência, da realização de amistosos para nações não filiadas à entidade máxima do futebol, Kosovo disputou, nesta quarta-feira, a seminal partida internacional de sua história. Em Mitrovica, cidade kosovar, empatou com o Haiti, sem gols. Além do amor ao futebol, outros laços, como a sombra da guerra e a luta pela soberania unem os países.
Uma das condições impostas pela Fifa para a realização de tais amistosos, respeitada pela seleção de Kosovo nesta partida, é que não seja exibida a bandeira e interpretado o hino nacional das nações não-reconhecidas pela entidade antes da peleja, na cerimônia oficial pré-jogo.
Dentro de campo, a equipe dos Bálcãs não pôde contar com alguns jogadores de talento nascidos na região, como o meia do Bayern de Munique Xherdan Shaqiri, que atuam pela Suíça. bem como jovens atletas de ascendência kosovar, como Adnan Januzaj, do Manchester United.