quarta-feira, 18 de setembro de 2013

O MELHOR DA CHAMPIONS LEAGUE

Fim do trauma do City, zebra bianconera e o melhor da LC

Buffon, batido, assiste à comemoração de JorgensenBuffon, batido, assiste à comemoração de Jorgensen

Por Leandro Stein /TRIVELA  
Grandes atrações da rodada de abertura da Liga dos Campeões, Bayern Munique, Real Madrid e Manchester United fizeram sua parte com vitórias incontestáveis. E o favoritismo foi incontestável na maioria dos jogos desta terça. Como esperado, Manchester City, Paris Saint-Germain e Benfica triunfaram. Em um jogo equilibrado, a Real Sociedade até tentou se sobressair, mas acabou engolida pelo Shakhtar. E a exceção ficou por conta da Juventus, que tentou, tentou e não saiu do empate com o Kobenhavn. Confira o melhor da rodada:



Juventus: A zebra da rodada foi, de fato, bianconera
O Kobenhavn faz péssima campanha no Campeonato Dinamarquês. Os atuais campeões estão a uma posição acima da zona de rebaixamento e, também por isso, pintavam como saco de pancadas do Grupo B. No entanto, os dinamarqueses demonstraram que, se não conseguirem ao menos a vaga na Liga Europa, estão dispostos a atrapalhar. E quem acabou pagando caro foi a Juventus, com o empate por 1 a 1 no Estádio Parken.
Uma bobeira da renomada defesa da Vecchia Signora foi o suficiente para garantir a alegria do Kobenhavn. A bola alçada à área não foi afastada pelos italianos e sobrou nos pés de Nicolai Jorgensen, que só tirou do alcance de Gianluigi Buffon. O tento foi a deixa para que a Juve saísse em desespero ao ataque. Tentou bastante, mas tinha dificuldades para superar a inspiração do goleiro Johan Wiland, autor de 10 defesas durante os 90 minutos.
O gol foi achado logo na volta do intervalo por Fabio Quagliarella. Os bianconeri acreditaram até o apito final e deram mais 14 chutes, mas mantiveram o tropeço. Depois da goleada sofrida pelo Galatasaray, a Juventus pode ficar mais tranquila quanto à disputa pelas vagas nas oitavas de final. Mas já aprendeu a lição dada pela Champions, que a eficiência é fundamental dentro da competição.
O número: Oito chutes. Principal reforço do ataque bianconero, Tevez foi quem mais arriscou a gol, o dobro de Quagliarella, e ainda criou três oportunidades. O voluntarismo, porém, foi à toa.

Manchester City: O trauma europeu, desta vez, não assombrou
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Até demorou para que o Manchester City marcasse o primeiro gol na Liga dos Campeões 2012/13. O time de Manuel Pellegrini atacava com vigor o Viktoria Plzen, mas via suas melhores tentativas pararem nas mãos de Matús Kozácik ou mesmo na trave. Era o fantasma europeu rondando novamente os Citizens? Desta vez, não, com o triunfo por 3 a 0 construído na volta do intervalo.
Fora de casa, o City voltou a contar com uma escalação bastante ofensiva. Pablo Zabaleta e Aleksandr Kolarov foram os laterais, Fernandinho e Yaya Touré jogaram na cabeça de área, Samir Nasri e Jesús Navas fecharam pelas pontas. Manuel Pellegrini sabia que precisava da vitória, da qualidade de seus homens de frente e da fragilidade dos tchecos. Nada melhor que buscar uma goleada.
Tentativas não faltaram e até a precisão foi boa, com 20 finalizações e nove delas no alvo. Ficou uma vontade maior apenas pelas bolas nas redes. Sergio Agüero foi o protagonista, ao deixar o seu e dar o passe para Edin Dzeko. Yaya Touré roubou a cena com um golaço de fora da área. E, graças aos seus dois principais astros, o Man City finalmente deu o primeiro passo para a tão almejada classificação, entalada na garganta há dois anos.
Os números: 50% de participação. O Manchester City arriscou a gol 20 vezes e Sergio Agüero participou de metade delas, com sete chutes e três passes para finalização.
Paris Saint-Germain: o caminho é pelo alto
Greece Soccer Champions League
Ao menos na estreia da Liga dos Campeões, o Paris Saint-Germain afastou os questionamentos que perduraram durante as quatro primeiras rodadas da Ligue 1. Porém, o Olympiacos também tem sua parte de culpa nisso. Goleada dos parisienses em Pireu por 4 a 1, que poderia até ter sido mais ampla se não fosse o pênalti perdido por Zlatan Ibrahimovic. E o caminho para o sucesso do time de Laurent Blanc foi pelo alto.
O primeiro gol ficou por Edinson Cavani, por terra mesmo, depois de um excelente passe de Zlatan Ibrahimovic para iniciar a jogada. Vladimir Weiss empatou ainda no primeiro tempo, com um golaço que o deixaria como pesadelo da parte brasileira do PSG. Passou por Maxwell, jogou por entre as pernas de Marquinhos e deixou Thiago Silva no chão antes de fuzilar.
Depois disso, bastou ao Paris Saint-Germain descobrir a fraqueza do Olympiacos para encaminhar a vitória. Três escanteios e três gols de cabeça. Thiago Motta marcou duas vezes e ainda ajeitou para Marquinhos fechar a conta. Foi a primeira vez na carreira que o meio-campista participou de três tentos em um mesmo jogo.
O número: Duas bolas na trave. O Olympiacos esbarrou no poste duas vezes nos primeiros 15 minutos de jogo, quando o placar ainda estava zerado.
Shakhtar Donetsk: O novo motor do time acelerou
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Henrikh Mkhitaryan foi o principal jogador do Shakhtar Donetsk na última temporada e deixou uma lacuna difícil de ser preenchida por Mircea Lucescu. A solução encontrada pelo treinador foi Alex Teixeira, que antes vinha sendo adaptado à vaga deixada por Fernandinho entre os volantes. E, pela atuação do brasileiro nesta terça, o romeno não deve ter se arrependido da mudança: Alex marcou os dois gols no triunfo por 2 a 0 sobre a Real Sociedad, em um resultado importantíssimo pela briga pela classificação.
O placar mente bastante sobre a maneira como se desenrolou a partida. Jogando em Anoeta, os bascos não se furtaram ao impor seu estilo de jogo ofensivo e veloz. Pararam nas boas defesas de Andriy Pyatov, que fechou a meta do Shakhtar, e também no travessão, que negou o gol a Carlos Vela, quando os txuri-urdin buscavam o empate.
Sem ser tão sufocante, o Shakhtar foi eficiente. Em uma subida de Darijo Srna pela direita, Alex Teixeira apareceu como elemento surpresa no ataque, arrematando após ótimo toque de Douglas Costa com o calcanhar. E o volante apareceria mais uma vez à frente, já nos minutos finais, para buscar os três pontos fora de casa. Considerando a baixa do clube no Campeonato Ucraniano, o momento foi bastante oportuno para levantar os ânimos.
O número: 76 bolas recebidas. Darijo Srna foi o jogador mais acionado do Shakhtar Donetsk na partida e prova que, mesmo sendo lateral, pode ditar o ritmo do time.
Benfica: O palco da final já teve festa na estreia
Portugal Champions League Soccer
A decisão da Liga dos Campeões nesta temporada acontece no Estádio da Luz. E os torcedores que visitaram as arquibancadas em Lisboa certamente gostaram do que viram. Uma vitória tranquila do Benfica, mesclando intensidade e segurança para bater por 2 a 0 o Anderlecht e conquistar três pontos que já estavam na conta pensando na classificação.
Os encarnados foram compensados pela precisão e pela vontade na primeira meia-hora de jogo. Foram poucos lances de perigo, mas o Benfica balançou as redes quando chegou. Filip Djuricic tornou a vida fácil ao abrir o marcador aos cinco minutos. Já aos 30, Luisão anotou um bonito gol e abriu margem para que os lisboetas se tranquilizassem.
O restante do jogo contou com um belo teste defensivo para os benfiquistas. Jorge Jesus até mudou o esquema tático para fechar o time e mudar o resultado. Diante do azar que os encarnados têm dado nos últimos tempos, realmente era melhor não dar mole. Dizer que o clube vai disputar a taça em casa parece loucura demais, mas os benfiquistas têm pernas firmes para caminhar aos mata-matas.
O número: 14 desarmes. A dupla de volantes formada por Lubomir Fejsa e Nemanja Matic não deu sossego para qualquer atacante que tentasse invadir a área.

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