sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Técnico deixa o comando da Ponte Preta e ressalta a emoção da torcida


Crédito obrigatório para reprodução da imagem: PontePress/Guilherme Dorigatti

O presidente da Ponte Preta Márcio Della Volpe, o gerente de futebol Marcus Vinícius e o técnico Jorginho participaram de uma coletiva de imprensa na tarde dessa sexta-feira (13) para anunciar a saída do treinador do comando da Macaca.

“Só temos a agradecer o profissional Jorginho. Ficamos muito tristes de ter que tomar essa decisão, mas a realidade financeira da Ponte exige isso. Espero que isso seja um até breve, para o Jorginho voltar assim que possível e retomar o trabalho dele, que se em pouco tempo aqui já foi bom, imagine tendo mais”, diz o presidente Della Volpe.

O treinador explica mais sobre os motivos que levaram a essa decisão. “Infelizmente não conseguimos ter uma renovação. Nós nem chegamos a discutir com relação a valores porque sabemos da realidade do ano que vem, e a diretoria tem uma responsabilidade muito grande em relação às questões financeiras e sabia que não seria possível manter a condição de contrato que tem comigo e minha comissão técnica. Ao vir para a Ponte Preta já baixei bastante daquilo que eu tinha no Flamengo e no Japão, e não tinha condições de mais uma vez reduzir o salário. Adaptei-me muito aqui e desenvolvi um grande sentimento pela cidade e pelo clube, mas somos profissionais e temos que levar essa questão em conta também”, afirma Jorginho.

O agora ex-comandante da Macaca considera que o balanço de sua passagem pela Ponte foi bom. “Eu sei que não conseguimos os dois objetivos maiores, o de permanecer na primeira divisão e de ser campeão da Sul Americana, mas sabemos que a Ponte não será mais a mesma. A Ponte alcançou um nível de reconhecimento e de respeito que todos hoje sabem quem é a Ponte Preta até internacionalmente. É claro que fica a tristeza de não ter conseguido, pelo menos, deixar o time na primeira divisão, o que nós gostaríamos muito. Meu tempo aqui foi muito curto e fica difícil chegar e resolver tudo. Até conhecermos e entendermos todos os processos do clube e jogadores passamos um tempo errando em substituições e apostando em atletas errados. Isso foi um preço que pagamos.”

Jorginho também comenta sobre os melhores e piores momentos na Ponte. “Os momentos mais felizes foram esses jogos finais. Vencermos o São Paulo no Morumbi e o empate em Mogi Mirim com o estádio cheio, e depois os toda a festa dos 30 mil no Pacaembu e ainda levar 4 mil torcedores para a Argentina. O mais triste é lógico que foi o momento em que foi decretado o rebaixamento antes mesmo de entrarmos em campo contra a Portuguesa”, diz Jorginho.

O treinador termina deixando um recado para o torcedor alvinegro. “Quero agradecer de coração a toda torcida da Ponte, pois foram três meses de um turbilhão terrível e a torcida abraçou a equipe e o trabalho da comissão técnica. Também agradeço ao relacionamento com a imprensa que cobre o clube que foi, até certo ponto, de amizade. O mais importante é deixarmos marcas na vida das pessoas, a Ponte deixou na minha e espero ter marcado também na da Ponte e de todos os torcedores”, finaliza Jorginho.

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