quarta-feira, 7 de agosto de 2019

Quarta fase da operação Tarja Preta cumpre 11 mandados de busca e três conduções coercitivas no Leste de Minas

Israel Salles / Arquivo Pessoal
G1 Vales 

O Ministério Público e a Polícia Civil cumpriram nesta terça-feira (6) 11 mandados de busca e apreensão, além de três conduções coercitivas, em Caratinga e Inhapim contra pessoas ligadas a uma rede de farmácias e que são investigadas pela operação Tarja Preta. O objetivo da operação é combater fraudes em licitações destinadas à compra de medicamentos e insumos hospitalares em diversas cidades mineiras, entre elas Teófilo Otoni, por meio de superfaturamento; os crimes ocorreram nos anos de 2014 e 2015.

Essa foi a quarta fase da operação. De acordo com um dos promotores responsáveis pelo caso, nessa fase o objetivo foi apenas uma empresa, onde foram apreendidos documentos, celulares e computadores que vão passar por perícia.

“Nós focamos a busca nas empresas, onde foram apreendidos alguns documentos que vão ser analisados. Os representantes comerciais das empresas foram encaminhados coercitivamente para prestar esclarecimentos. Entre eles estão também os donos das empresas. Agora nós vamos fazer a análise dos celulares e computadores apreendidos para apontar a importância de cada prova que foi arrecadada”, explica o promotor de justiça Lucas Dias Nunes.

Segundo a PC, a investigação segue em andamento e o foco passa a ser o de provar que várias cidades de Minas Gerais estão envolvidas no esquema e não só apenas empresas privadas, mas também políticos.

“Nós verificamos que são fortes os elementos que atestam que essa fraude não aconteceu apenas na cidade de Teófilo Otoni, como também em outras diversas cidades. Já posso adiantar preliminarmente que foram arrecadados elementos que vão ser fundamentais para o prosseguimento das investigações. Futuramente vamos ter que atacar também o núcleo político e não só o núcleo empresarial. Nós sabemos que não é só o núcleo empresarial auferiu dinheiro, houve também desvio de verba pública”, afirma o delegado Fernando Lima.

Entenda o caso

A operação Tarja Preta foi deflagrada no dia 27 de novembro de 2018. A ação da Polícia Civil investiga possíveis irregularidades na aquisição de materiais hospitalares e medicamentos entre os anos de 2014 e 2015. O esquema seria composto por ex-servidores públicos do município e empresários do ramo farmacêutico em Caratinga. Três pessoas foram presas no dia em que a primeira fase foi deflagrada e o quarto investigado foi preso no dia 1º de dezembro, no Aeroporto Internacional de Confins.

No dia 10 de dezembro de 2018 mais uma prisão foi realizada, na segunda fase da operação. A prisão temporária foi realizada em Caratinga. Já em Teófilo Otoni foi cumprido um mandado de busca e apreensão.

Já na terceira fase da operação, que foi deflagrada no dia 12 de dezembro de 2018, quatro pessoas foram presas. A operação foi realizada de forma simultânea em Caratinga e Teófilo Otoni, culminando na prisão preventiva de três pessoas e mais uma prisão temporária; quatro mandados de busca e apreensão também foram cumpridos.

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