segunda-feira, 5 de agosto de 2019

Após sarampo, rubéola pode ser o próximo surto de doença altamente contagiosa no Brasil

Divulgação
Folha de Vitória 

Os surtos de sarampo enfrentados pelo Brasil ligam o alerta para a possibilidade de retorno de outras doenças eliminadas: a rubéola e a síndrome da rubéola congênita (SRC). Isso porque ambas são prevenidas por meio das mesmas vacinas que evitam o sarampo, a tríplice e tetraviral, cujas coberturas estão aquém do desejado.

O presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Juarez Cunha, destaca que a situação preocupa a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS). O órgão emitiu uma nota para reforçar a necessidade de ampliar as ações de controle e monitoramento.

Em 2018 e 2019, foram confirmados na região sete casos de rubéola importados ou relacionados à importação. Paralelamente, houve um caso de síndrome da rubéola congênita (SRC).

Risco de aborto e malformações é de ate 80%

“Os números parecem baixos, mas não devem ser subestimados. Todos os surtos começam com poucos casos”, afirma o médico. “Embora a rubéola não seja grave para a maioria da população, mulheres grávidas podem sofrer um aborto ou dar à luz uma criança com SRC, quadro marcado por deficiência auditiva e/ou visual, lesão no coração, malformações no cérebro e deficiência mental. As chances disso acontecer são de até 80%, dependendo da fase da gravidez em que a infecção ocorre”, explica.

Também prevenida pela tríplice e tetraviral, a caxumba vem causando diversos surtos desde o início do ano. O caso recente mais famoso, no entanto, foi isolado: o do atacante Richarlison, que desfalcou a Seleção Brasileira nas quartas de final e na semifinal da vitoriosa campanha da Copa América. Para evitar novos contratempos, toda a delegação foi vacinada.

"A caxumba e a rubéola são altamente contagiosas e transmissíveis por meio da aspiração das gotículas expelidas na fala, espirro e tosse das pessoas infectadas, sejam elas sintomáticas ou não. A rubéola, adicionalmente, também pode ser passada da gestante para o feto por meio da placenta", acrescenta a vice-presidente da SBIm, Isabella Ballalai.

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