quarta-feira, 24 de julho de 2019

Exames confirmam morte por Febre do Nilo Ocidental no Piauí; terceiro caso da doença no Brasil

Forma de transmissão da febre do Nilo Ocidental.
Foto: Reprodução/Ministério da Saúde
G1 PI 

Os outros dois casos já registrados no país também aconteceram no Piauí, mas sem óbitos.

A Secretaria de Estado da Saúde do Piauí (Sesapi) confirmou nesta quarta-feira (24) o terceiro caso de Febre do Nilo Ocidental já registrado no país. A paciente, uma mulher idosa, faleceu em 2017 após complicações da doença e outros problemas de saúde associados, mas apenas agora, segundo a Sesapi, o caso foi confirmado por exames laboratoriais.

O óbito foi registrado na cidade de Piripiri, 162 km ao Norte de Teresina, em junho de 2017. A paciente era uma mulher idosa que não foi identificada. Segundo Hérlon Guimarães, superintendente de atenção integral à saúde da Sesapi, ela possuía outras doenças associadas, por isso o quadro apresentou complicações.

“Confirmamos o terceiro caso de Febre do Nilo no estado. Essa pessoa que esteve doente em 2017, e que veio a óbito, não tinha só essa doença, tinha outras associadas, como a hipertensão, o que infelizmente agravou seu quadro ”, informou o superintendente.

Ele destacou que não há novos casos suspeitos da doença no estado registrados em 2018 ou 2019. Os outros dois casos já registrados da doença, no Brasil, também aconteceram no Piauí, em 2014 e 2017, sem óbitos. Os pacientes que apresentaram a forma mais leve da doença eram de Aroeiras do Itaim e Picos, cidades distantes uma da outra 28 km, e 320 km ao Sul de Teresina.

Cuidados

Segundo Hérlon Guimarães, a Sesapi está atenta à circulação do vírus e é importante também que as pessoas estejam vigilantes.

"Estamos em contato com o Ministério da Saúde e temos apoio total para esclarecer sobre esse e outros vírus. É um vírus que existe no Piauí e em vários outros estados e temos que nos prevenir. Ele é transmitido por insetos e a prevenção passa pela limpeza e cuidado com o ambiente doméstico”, declarou.

A febre do Nilo Ocidental é uma infecção viral transmitida pelo mosquito Culex (mosquito comum). É uma arbovirose, assim como a dengue, a zika e a chikungunya.

De acordo com o Ministério da Saúde, não existe tratamento disponível para os casos leves e moderados – o paciente fica em repouso e com reposição de líquidos. Na versão grave da doença, há necessidade de acompanhamento de Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

Sintomas

Cerca de 20 % dos indivíduos, segundo o Ministério da Saúde, desenvolvem os sintomas da febre do Nilo:

febre aguda de início abrupto, frequentemente acompanhada de mal-estar;

anorexia;

náusea;

vômito;

dor nos olhos;

dor de cabeça;

dor muscular;

exantema máculo-papular (manchas vermelhas na pele) e linfoadenopatia (nódulo geralmente atrás da orelha).

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