sexta-feira, 19 de julho de 2019

Atuação especializada da Polícia Civil impacta na redução de crimes rurais

📷 PCMG / Divulgação
Agência Minas

Apenas de janeiro a junho deste ano, foram mais de 20 operações e 40 prisões em flagrante, com recuperação de cabeças de gado e máquinas agrícolas

A Delegacia Especializada em Investigação e Repressão a Crimes Rurais (DEIRCR), da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), tem contribuído para a redução de crimes rurais em todo o estado. É o que mostram levantamentos da PCMG sobre o primeiro semestre deste ano, período em que houve redução de aproximadamente 15% em furto e roubo de gado, na comparação com o mesmo período de 2018.

Conforme dados obtidos pela Diretoria de Estatística da Polícia Civil de Minas Gerais, foram 1.429 registros em 2019, contra 1.683 ocorrências de janeiro a junho do último ano. Além disso, a delegacia especializada tem dado resposta à sociedade também em outros crimes no campo, como o furto e o roubo de máquinas agrícolas, equipamentos de alto valor para o produtor rural. “Os homens do campo estão vibrando com a efetividade dessa delegacia e suas atuações no interior do estado. Estamos recebendo muitos elogios”, destaca o chefe do Departamento Estadual de Investigação de Crimes Contra o Patrimônio (Depatri), delegado Márcio Simões Nabak.

Os resultados estão comprovados nos números: apenas de janeiro a junho deste ano, a PCMG desencadeou mais de 20 operações pela Delegacia de Crimes Rurais, que levaram a mais de 40 prisões em flagrante e ao cumprimento de mandados de prisão. No mesmo período, foram recuperadas cerca de 150 cabeças de gado e oito máquinas agrícolas.

“A Delegacia de Crimes Rurais foi criada justamente com esse objetivo: dar mais efetividade aos crimes patrimoniais que ocorrem no ambiente rural, onde sempre houve uma demanda muito grande. Nesse sentido, estamos desempenhando um trabalho de excelência, com restituições expressivas às vítimas”, ressalta Nabak.

Institucionalmente, a delegacia também tem rendido bons frutos, com parcerias. Uma delas é com o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), que auxilia no acondicionamento de gados recuperados até a localização dos proprietários para restituição. A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg) também é parceria, garantindo um vínculo maior da Polícia Civil com as vítimas de modo a qualificar as investigações.

A expectativa é de que o trabalho especializado renda também investimentos externos, conforme adianta Márcio Nabak. “Produtores rurais e empresários do campo já se mobilizam junto a políticos locais no sentido de conseguirem para a PCMG verbas futuras que possam contemplar diretamente a Delegacia de Crimes Rurais”, registra.

Mesmo aguardando investimentos, o desempenho da delegacia já tem registrado eficiência em todo o estado. “O departamento como um todo entendeu a mensagem do chefe da PCMG e do Governo do Estado de que mesmo com as dificuldades que passamos financeiramente os policiais continuam bem motivados e focados para investigar. Eles não têm dia nem hora para trabalhar, estão sempre de prontidão, um espírito profissional muito grande”, enfatiza o chefe do Depatri.

O investimento em recursos humanos, segundo Nabak, foi essencial para a qualidade da delegacia. Atuam nela policiais com muita experiência em outras unidades especializadas da PCMG que, agora, estão consolidando novas expertises para a investigação qualificada de crimes rurais. “O trabalho de inteligência policial é fundamental em qualquer unidade. Contudo, vale destacar o próprio conhecimento que esses policiais estão gerando na repressão desses crimes”, observa.

A atuação especializada, ressalta o chefe do Depatri, não desvincula a competência das unidades da Polícia Civil do interior. Ao contrário, trabalha de forma complementar. “Nossa finalidade é uma só, reprimir de todas as formas os crimes rurais, envolvendo uma rede de colaborações internas específicas”, pontua o delegado. Exemplo disso é um banco de dados, já em construção pela Delegacia de Crimes Rurais, de suspeitos e investigados de crimes patrimoniais. “Os suspeitos já presos, além de poderem vir a ser reincidentes, formam vínculos com outros potenciais investigados em operações em andamento. Assim, o banco de dados nos permite mapear crimes cometidos por um mesmo grupo de suspeitos em diferentes regiões do estado”, conclui Nabak.

A Delegacia Especializada em Investigação e Repressão a Crimes Rurais (DEIRCR) foi criada em 2018, a partir da reestruturação da organização operacional da Polícia Civil de Minas Gerais. Com a reorganização, o órgão, hoje, pertence ao pertencente ao Departamento Estadual de Investigação de Crimes Contra o Patrimônio (Depatri).

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